Posted by : luh reynaud terça-feira, 10 de novembro de 2015


Saudações, roladores de dados! Jogar RPG é uma atividade benéfica, estimulante e acima de tudo divertida – não há nada melhor para nós RPGistas do que rolar dados e interpretar nossos personagens! Entretanto devemos nos lembrar de que, para que haja heróis, é necessário haver vilões. Para que haja aventuras, é necessário haver perigos. Para que haja jogadores, é necessário haver um Mestre.

O Mestre é aquele jogador especial, que não possuirá um personagem para si, mas que em compensação poderá controlar todos os coadjuvantes – desde o simples cidadão ao terrível demônio – e deverá guiar os rumos da aventura de acordo com as ações dos aventureiros. Seu papel maior é ceder diversão aos jogadores, mas também se divertir no processo. Ser Mestre é isso, é sobre amar o que faz.

Ser Mestre é divertido, mas também não é fácil: o Mestre deve conhecer bem as regras do jogo, ensinar para os jogadores, ter ideias para o tema da história, montar aventuras e, finalmente, narrar. São muito mais responsabilidades do que os jogadores tem, porém a recompensa também é mais gratificante. Quando os jogadores ficam empolgados com o que aconteceu durante a sessão de jogatina, comentando animados e felizes, a grande maioria dos méritos é do Mestre.

O contrário também é verdade. Quando a sessão não é divertida ou quando os jogadores não estão animados para o jogo, a culpa recai sobre o Narrador. É dele o papel de guiar os rumos da história, de acordo com os gostos dos colegas de mesa – se eles gostam de investigação, é seu dever incluir mistérios na sessão de jogo. Então, se os jogadores não estão gostando de algo na aventura, em geral, a culpa é do Mestre.

É de vital importância não confundir o ato de adaptar a mesa de acordo com os gostos dos jogadores com bajulá-los, pois maus jogadores podem se aproveitar dessa situação para obter paparicos próprios. Se um Mestre seguir esse caminho, logo será um escravo desses maus jogadores – um bom Mestre deve ser benigno, mas também rígido.


Ao aplicar rigidez em suas mesas, deve-se julgar bem o que é melhor para todos. Tal regra é justa para com os jogadores? Ela irá trazer divertimento ou apenas complicações ruins? Quando falo de “regras” neste instante, não estou falando sobre a mecânica do jogo, mas sim da vivência básica, o “sabor” da mesa. Num cenário de mundo contemporâneo, é justo que os jogadores tenham acesso a informações confidenciais do governo? Se sim, como? É fácil? Quais as complicações? Às vezes é necessário ser rígido com os jogadores. “Não, isso não é possível”, resolve muito.

Ser Mestre de RPG é sobre amar o que faz. É sobre ser rígido, mas benevolente. Sobre perder horas de sono montando aventuras, mas se sentir gratificado ao ver o sorriso dos jogadores. E também é sobre dar sorrisos sádicos ao ver os jogadores com medo do boss final, mwahahaha! Ah, vamos lá, eu disse que o Mestre também deve se divertir, não disse?

{ 2 comentários... read them below or Comment }

  1. Hahahahahahaha
    O Mestre deve se divertir também, a maior regra do RPG é a diversão compartilhada. Admiro muito o trabalho do Mestre, e deu pra entender mais sobre o que ele planta e o que ele colhe. Um dia serei uma também. ;)
    Parabéns pelo post.

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    Respostas
    1. Obrigado, Ana! O mestre possui maior responsabilidade numa sessão de RPG, mas também deve se divertir! Nem que deva ser meio troll com os jogadores... Kkkk

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