Posted by : luh reynaud sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Porque todo mundo gosta de um personagem carismático!
Saudações, meus amigos criativos – ou nem tanto... Hehe. Como vocês costumam criar seus personagens? Vou mostrar hoje algumas de minhas técnicas de criação de personagem, para vocês que empacam na hora de pensar num character para uma nova campanha. Espero que seja útil para vocês!

Construir um personagem exige criatividade e usar a imaginação, além de um bom conhecimento das regras, claro. Aqui vamos nos ater à parte da imaginação, para que estas dicas sejam úteis a todo e qualquer sistema! Prontos? Mãos à obra!


O conceito

O conceito se trata de uma redação, frase ou termo que explique basicamente o seu personagem. Pode ser algo simples, tal como “samurai com conflitos emocionais” e “princesa arcana élfica”, ou algo mais elaborado, como parágrafos inteiros. Aqui o que vale é a idéia principal.

Vários livros RPGísticos trazem regras de conceitos próprios para personagens, dentre os quais vou citar o suplemento “Tormenta 3.5 – Guia do Viajante” , que traz idéias muito interessantes de conceitos, que lá são chamadas de “tons” ou “arquétipos”, apresentando o Estrangeiro, o Explorador Acadêmico, o Venerador dos Deuses e muitos outros. Vários outros RPGs usam essa idéia, como Vampiro e Dungeons & Dragons 5ª Edição. Escolha um dos tons, acrescente ou mude o que quiser e pronto! Temos o seu conceito.

Uma última dica que vale é se inspirar em coisas ao seu redor. Seja uma música, um personagem histórico ou até mesmo um objeto. Vou exemplificar, vejamos: neste instante estou ao lado de uma janela que está aberta, me mostrando o ar livre, o sol, as plantas... Com isso posso formular um conceito – “bárbaro de pele bronzeada que cresceu na mais tropical selva e possui espírito livre”. Interessante esse método, não?


A personalidade

Uma das minhas partes preferidas, pois é o que efetivamente vai diferenciar a interpretação de um personagem para outro. Mas primeiramente, o que é a personalidade? Trata-se dos comportamentos, da maneira como se vê o mundo e as pessoas, do jeito de ser. Como seu personagem se comporta? Possui maneirismos, alguma paixão? Como vê o mundo? Com desconfiança ou como um lugar se explorar? Como ele é? É tímido ou um total extrovertido? Esse tipo de coisa colore completamente qualquer personagem.

Um dos meus métodos para criar personalidades é escolher uma ou mais personalidades de animes – os “deres” – que inclusive já foram falados por aqui. Um guerreiro ganancioso louco por ouro, mas que possui uma timidez excessiva quando chega perto de mulheres. Uma bárbara que possui uma paixão avassaladora pelo paladino, mas demonstra isso ao contrário, batendo nele e negando qualquer tipo de amor. A pistoleira fria e sem expressão, que não consegue demonstrar ou sentir qualquer sentimento. Esses são alguns exemplos de personalidades bem interessantes que podem ser formadas por esse método!


As três faces

Existe um ditado japonês que fala uma pessoa possui três faces distintas. Uma é aquela que ela demonstra para os conhecidos, a outra é a que ela mostra para os familiares e amigos, e a última é aquela que ela esconde para si mesma. O ditado se trata de uma metáfora de como as pessoas agem e se comportam e pode ser muito bem empregado na criação um personagem.

Você pode utilizar o sistema das três faces de forma mostrar o que seu personagem quer demonstrar ser e o que ele esconde de todos. Por exemplo: Zabiih Stalker é um mago servo do acaso, e demonstra um tipo de loucura ou insanidade megalomaníaca – essa é a face que ele mostra para os conhecidos.  Para quem o conhece melhor, ele demonstra ser cômico e extrovertido, um tipo de “louco gente boa” e tem coração bondoso – essa é a face que ele mostra para os familiares e amigos. Por fim, em seu coração ele é uma pessoa melancólica que abraça a insanidade para se livrar da culpa que possui na morte da noiva – essa é a face que ele esconde para si.

A idéia das três faces pode se mesclar bastante com sua personalidade e história, logo você pode ter idéias e depois voltar para este passo. Você ainda pode formar variantes deste passo, como montar seguindo apenas duas das três faces, sinta-se livre.


A história

Por fim temos a história. Este ponto que vai explicar todos os anteriores, então tenha dedicação! Seu personagem é um guerreiro rabugento, ama cerveja uma boa briga de bar. Mas por quê? O pai, maior exemplo de homem que ele teve, também tinha esse hábito e após sua morte o guerreiro decidiu o honrar – e afogar sua tristeza – em copos de cerveja. Isso seria uma boa explicação.

Respondendo a algumas perguntas simples você pode criar uma boa história. Como era a vida antes das aventuras? Porque decidiu ser o que é? Está seguindo o exemplo de alguém que admira? Quer corrigir uma injustiça? Fez uma promessa a alguém importante? Tem algo a provar?

Uma dica que dou é que você inclua algum tipo de fato ou acontecimento triste ou dramático no passado de ser personagem, mas tome cuidado para não exagerar! Ninguém quer uma mocinha de novela mexicana como companheira de equipe... E outra, nem sempre vai ser necessário ter tristeza em seu passado, apenas um bom motivo para se tornar um aventureiro.

Existe uma regra sensacional de Dungeon World, os vínculos. “Os vínculos tornam o grupo um bando de aventureiros, e não apenas uma reunião de pessoas aleatórias. Eles são os sentimentos, pensamentos e histórias compartilhadas que os reúnem. Cada vínculo é uma afirmativa simples que relaciona seu personagem a algum outro personagem jogador.” Isso é fantástico! Não tenha medo de relacionar seu personagem com os personagem de seu colegas de mesa, afinal isso vai dar cada vez mais entrosamento e cor a eles


Seguindo esses passos e quem sabe criando os seus próprios, você com certeza terá um bom personagem, perfeitamente amarrado em conceito, história, e personalidade, se tornando bem construído e divertido de se jogar e interpretar. E vocês, acrescentariam alguma coisa nestas dicas? Como fazem seus personagens? Comentem ai!

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