Posted by : luh reynaud sábado, 4 de julho de 2015


Guerreiros. Magos. Monstros. Deuses.
Você.

Saudações, RPGistas! Vim hoje realizar uma resenha de Tormenta RPG Edição Revisada (fiquei devendo há uns meses...), mostrando seus aspectos e analisando cada capítulo, de forma breve e direta, porém comentada. Vou dividir a resenha em três partes, a primeira abordando os quatro primeiros capítulos, a segunda tendo foco do quinto ao oitavo e a terceira falando do quatro últimos, Numa postagem anterior eu mostrei a história da criação do sistema e do cenário, se vocês quiserem dar uma olhada, cliquem aqui. Preparados? Avante!


Primeiras impressões

De início é necessário comentar a beleza da capa e a encadernação. Um livro resistente, com uma arte bonita na capa dura, folhas de bom material e num preço acessível. Devo dizer que o estilo de arte me agrada bastante, pois gosto de ver os personagens importantes do cenário na capa, para sorrir ao reconhecê-los. Talvez um tema de batalha fosse mais interessante para o livro básico, mas está muito bom como está.

As primeiras páginas 16 são coloridas, mostrando o mapa de Arton e suas localidades, o restante fica em preto e branco. Acho que a interrupção do colorido antes do capítulo de introdução acabar quebra um pouco do clima...

Cada capítulo se inicia com uma parte de um conto escrito por Leonel Caldela especialmente para o livro, cada uma tendo referência ao tema do capítulo, e isso na minha opinião foi muito legal, pois te dá a sensação de imersão no mundo de jogo, além de ansiedade para a continuação da belíssima história.

Sabendo disso, vamos ao capítulo zero, a introdução.

Mapa detalhado de Arton!

Um Mundo Novo

Introduzindo o mundo de Arton logo de início, este capítulo procura apresentar o cenário, a história e os acontecimentos mais interessantes ocorridos. Por isso mostra uma linha de histórico desde o início da criação aos dias atuais, porém algumas informações ficam sem nexo pra quem não já conhece o cenário. Em seguida vem as informações sobre as três grandes coalizões existentes atualmente no cenário: O Reinado, O Império de Tauron e A Liga Independente. As cidades mais importantes, as raças, a influencia dos deuses e os problemas e ameaças também são citados, porém sem nada mecânico ou em regras, por se tratar de textos introdutórios.

Agora é citado um dos focos do cenário: o heroísmo! Isso mesmo, pois Arton se trata de um mundo de heróis, onde aventureiros existem aos montes, cada um aspirando se tornar lendário. Gosto do estilo cômico existente em certas partes do livro, e expressões como “chutar a bunda de monstros” são constantes. Inclusive é com essa expressão que é demonstrada a definição de “o que é RPG?”, seguida de um exemplo muito divertido e épico de uma partida de RPG, já mostrando alguns aspectos das regras. As artes continuam sendo muito legais e recorrentes nas páginas do livro, sempre inspirando ou demonstrando os temas falados.

O sistema d20, os itens necessários pra jogar, saídas pra quem não tem dados especiais e a mecânica de jogo são seguidas pelos passos para criação de personagem (demonstrada nos capítulos seguintes) e as “regras” do cenário, o que dá fim à introdução.


Capítulo 1 – Habilidades

Os atributos do jogo – Força, Destreza, Constituição, Inteligência, Sabedoria e Carisma – o padrão do sistema d20, além da tabelinha de Modificadores de Habilidade são o único tema deste capítulo, que é curtinho mesmo. Acho que uma melhor descrição das Habilidades seria mais útil, indo mais afundo no que é cada uma delas.

As formas de geração das Habilidades também são demonstradas e admito que gostei muito da forma “audaciosa”, onde você rola um d20 seis vezes, anota os resultados e os distribui. Um dos meus jogadores adorou a idéia, pois dá possibilidade para valores muito altos, mas também para muito baixos – o causa muita diversão!




Capítulo 2 – Raças

Numerosas raças coexistem neste mundo e aqui são mostradas as oito raças principais: anões, elfos, goblins, halflings, humanos, lefou (meio demônios da Tormenta), minotauros e qareen (meio gênios). Uma tabelinha logo no início do capítulo mostra os ajustes de Habilidade concedidos por cada raça (há um errinho nos lefou, que não sofrem o “-4” em Carisma) e uma outra tabela fala sobre os ajustes de raças pequenas. Idiomas também são citados aqui.

Cada raça possui uma descrição detalhada, possuindo personalidades, aparência, relações, tendência, terras, religião e nomes padrão, além de seus traços raciais, que nada mais são do que suas habilidades de raça. Dá pra criar ótimas idéias para personagens com as descrições obtidas, além de informações sobre a situação atual de Arton. Outras raças menos importantes (gnomos, meio-elfos e meio-ocs) também são detalhadas.

Ponto positivo para a caixinha de texto “Que apelação!”, que fala o porquê das raças estarem mais fortes e como isso se equilibra com o fato de existirem menos itens mágicos no cenário. Realmente, os humanos estão muito apelões (MWAHAHAHA).

Feiticeiros descobrem seus poderes de forma surpreendente!

Capítulo 3 – Classes

A breve descrição de classe e quais as básicas existentes abre o capítulo, seguido de Nível de Personagem e nível de classe (que são diferentes, vide Multiclasse) fazem o início deste capítulo. Benefícios por nível e sua muito útil tabela explicam o que se ganha ao progredir de nível, de um jeito dinâmico. Não sei se fui só eu, mas não entendi muito bem a descrição de multiclasse, e acho ela deveria ser melhor explicada por aqui.

A descrição completa das classes é incrível, adentrando afundo em suas origens, histórico padrão e suas raças mais comuns, com imagens lindíssimas de cada uma. As classes são as do padrão d20 (Bárbaro, Bardo, Clérigo, Druida, Feiticeiro, Guerreiro, Ladino, Mago, Monge, Paladino, Ranger) e duas exclusivas de Tormenta (Samurai e Swashblucker). Em geral é uma página para a descrição e a imagem, mas gostaria de mais espaço para os textos relacionados, pois curti muito. A página posterior à descrição é a de Habilidades de Classe que são bem apresentadas e possuem uma bem organizada tabela. Admito que adoro ler as Habilidades e pensar em como isso pode combar bem com certos talentos ou habilides! Mas que atire a primeira pedra quem nunca!

A classe mais legal que achei foi o Druida, que possui três páginas de Habilidades de Classe, enquanto as outras só têm uma! A classe mais sem graça, sem dúvidas foi o Guerreiro, cuja única Habilidade é “Técnica de Luta”, que é um nome bonitinho pra “pegue um talento de combate”. A mais poderosa (ao menos a meu ver) é o Samurai, que ganha duas espadas ancestrais (tratadas como armas mágicas), mas que podem ser mudadas para UMA outra arma qualquer. Nota: armas mágicas são raras no cenário. Nota 2: dá pra combar lindamente.

Perícias. Porque nem tudo se resolve na porrada.

Capítulo 4 – Perícias

Aqui as perícias são destacadas: seus tipos, as graduações, como escolher, e como usar. Os tipos de teste (opostos ou contra uma dificuldade) são descritos, anteriores aos testes sem treinamento, penalidades de armadura, novas tentativas, e condições favoráveis e desfavoráveis. Regras para testes sem rolagens, prestação de ajuda e testes de Habilidades em si também são tema o capítulo.

Aqui segue a tabela de Perícias do sistema:

PeríciaHabilidade-
chave
Somente
Treinadas?
Penalidade
de Armadura?
AcrobaciaDestrezasim
Adestrar AnimaisCarismasim
AtletismoForçasim
AtuaçãoCarisma
CavalgarDestreza
ConhecimentoInteligênciasim
CuraSabedoria
DiplomaciaCarisma
EnganaçãoCarisma
FurtividadeDestrezasim
Identificar MagiaInteligênciasim
IniciativaDestreza
IntimidaçãoCarisma
IntuiçãoSabedoria
Carisma
LadinagemDestrezasimsim
Obter InformaçãoCarisma
OfícioInteligência
PercepçãoSabedoria
SobrevivênciaSabedoria

A descrição que segue depois da tabela é ótima, com coisas comuns que as perícias podem fazer e descrição básica. Tabelas e caixas de textos são um show a parte, explicando melhor certas coisas ou expondo regras alternativas!



Bom, espero que tenham gostado, numa próxima postagem continuarei a resenha! E vocês, o que acham de Tormenta RPG? Comentem aí! Veja aqui a Parte 2 e a Parte 3 desta resenha!

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