sexta-feira, 1 de abril de 2016
Saudações, companheiros! No último
reporte de campanha de Fallen, nossos aventureiros combateram com coragem e
vontade as tropas malignas, enfrentando até mesmo seus semelhantes que se
deixaram corromper pelo poder de Lorde Chaor. Entretanto logo se viram numa
situação desesperadora: as forças demoníacas se mostraram muito poderosas e
ameaçaram destruir o exército fioriano. Porém, nesse momento a assim chamada Elite
de Fiore surgiu, mostrando suas extremas habilidades e ajudando a derrotar
as bestas de Chaor – derrotando dezenas com a ninja Maya, hipnotizando as
bestas com “O Domador”, e até mesmo invocando a deidade Odin com um mago
misterioso. Fiore possui uma chance, mas será que ela terá força suficiente
para aproveitá-la?
Capítulos
anteriores
Fallen
Primeira Temporada: Medieval Wars
Arco 3: Lorde Chaor
Capítulo 11: Companheiros Até o Fim
Hiei Beowulf (Caído) –
Cavaleiro Lvl 5 [Aprendiz Lvl 3, Químico Lvl 1]
Príncipe do reino de Fiore e filho da família Beowulf, este jovem
cumpre penitência por um incidente que causou, incidente este que ele, por
motivos misteriosos, nem mesmo lembra. Durante sua jornada para a grande guerra
ganhou de seu pai o arco Sagittarius, arma que pode ajudar na destruição de
Chaor.
Phillip Van Grodo –
Feiticeiro Lvl 4 [Aprendiz Lvl 2, Químico Lvl 3]
Jovem feiticeiro egocêntrico, mas que tem aberto mão de seu
orgulho por seus companheiros. Vem de uma família de poderosos magos e sofre
com pressão para se tornar tão poderoso quanto eles. Mostra ter grande
rivalidade com Tyler Lannister.
Tyler Lannister (Lolicon) –
Lutador Lvl 3 [Aprendiz Lvl 3, Químico Lvl 1, Cavaleiro Lvl 4]
Após um ataque, teve seus pais mortos por criaturas de Chaor e
desde então busca tornar-se forte para acabar com o Lorde. Durante sua jornada
encontrou-se com Dharak e Lissana, grande companheiros que infelizmente também
acabaram mortos em outro ataque. Seu desejo de justiça e vingança é maior do
que nunca.
Michaela White – Química Lvl 5 [Aprendiz
Lvl 2]
Michaela teve sua vila natal atacada por demônios de Chaor. Neste
incidente teve sua mãe morta e seu pai adoentado. Decidiu entrar na Escola de
Guerra de Fiore para purificar o mundo desta ameaça e impedir que outras
pessoas passem pelo sofrimento que ela passou!
Summer Stratos – Pistoleira Lvl 3
[Aprendiz Lvl 3, Química Lvl 4]
Misteriosa, fria e inexpressiva: estas são as palavras que melhor
definem esta garota. Pouco se sabe sobre seu passado, mas se tem certeza de que
algo de muito ruim aconteceu com ela, a deixando assim. É uma das melhores
alunas da Escola de Guerra de Fiore e uma pistoleira nata.
A torre do Lorde
Com a ajuda da Elite de Fiore, as tropas fiorianas conseguiram
avançar e rechaçar o exército bestial de Chaor, readquirindo suas esperanças de
vitória. Nossos heróis – Tyler, Michaela, Phillip, Beowulf e Summer – se
encontravam cansados, mas o novo avanço melhora seus corações. Linda, a
comandante, dá a ordem a sua tropa de médicos, para que restaurem os aliados e
os prepare para o que vem a seguir. Com o reforço que viera, Fiore finalmente
chegaria a seu objetivo: a Torre de Lorde Chaor.
A campanha estava em seus
momentos finais... E era incrível. Nunca havia feito uma campanha de tamanha
seriedade e impacto. Todos os meus jogos anteriores eram puro combate e aumento
de nível. Já esse, Medieval Wars, foi especial: a história que importava. Meus
jogadores, inclusive, estavam muito empolgados!
E assim, nossos protagonistas foram bem cuidados por uma tropa
médica, enquanto a Elite protegia seus postos. De ânimo e físico revigorados, a
batalha poderia ser retomada, afinal, o maior confronto ainda estava por vir.
Algumas tropas, como a tropa-barreira e alguns membros da Elite,
ficaram para trás, para cuidar de bestas que ocasionalmente tentassem um ataque
pelas costas em nosso exército. Sendo assim, o restante dos soldados avançava a
seu objetivo, que a cada passo se aproximava ainda mais. Após mais confrontos
com criaturas nefastas, a torre finalmente foi alcançada, contudo havia um
problema: a guarda ao seu redor era bem maior.
Com isso, Linda traça um novo plano e ordena o ataque – “Devemos
nos esforçar ainda mais agora, pois nosso alvo está bem à nossa frente!
Ataquem, homens, ataquem!”. Criaturas como esqueletos guerreiros, goblinoides,
demônios símios e mais bizarrices pareciam surgir de todos os cantos, e levavam
muitos soldados do reino com eles, pois possuíam força invejável.
Summer, que há pouco havia recarregado suas armas num dos postos
de armamento, disparava incansavelmente, sempre com sua expressão de seriedade
e calma. Se um dia havia desejado a morte, não demonstrava mais isso. Batalhava
pela vida – não só a sua, mas de todo o reino. “Autumn iria querer assim”,
pensava ela acerca de seu irmão.
Tyler derrubou um de seus oponentes com punhos de fúria enquanto
Beowulf acabou com ele com uma das flechas de Sagittarius, o arco lendário.
Faziam uma boa dupla afinal. Tyler olha para Summer com uma visão diferente.
Ela definitivamente não era mais a mesma, não a Summer que ele conhecia. Mas de
certa forma ainda era. E ele gostava do que via. A jovem atiradora nota o olhar
a ela, mas não se distrai por muito tempo, voltando ao combate.
Phillip continuava com suas chamas negras e Michaela utilizava-se
do poder de suas poções para curar aliados, atacando apenas quando necessário.
“Finalmente posso provar o quanto consigo ser forte! Eles... Eles vão ter
orgulho de mim!”, dizia a si mesmo o jovem Phillip. Sua família, a Van Grodo,
era extremamente orgulhosa de suas capacidades mágicas e não admitia erros.
Phillip iria demonstrar a seu pai que poderia ser tão bom quanto qualquer um.
Na verdade, queria demonstrar poderia ser o melhor de todos!
Porém, a batalha continuava acirrada. Linda estava perdendo muitos
soldados ao avançar, logo todos seriam derrubados. Pensando bem, a batalha
estava perdida desde o início... “Ou não”, olha para os jovens logo atrás. Eles
batalhavam com tanta fé. Eles tinham motivos para lutar. E não pareciam
desistir por nada. Após um suspiro e um leve e quase imperceptível sorriso, a
comandante dá uma nova ordem. “Defendam a passagem desses jovens, meus
soldados! A esperança de todos nós está com eles!”
As tropas, entendendo o recado, montam um tipo de cúpula de homens
ao redor dos aventureiros, que observam surpresos... No fim das contas, Linda
estava apostando tudo que o reino tinha neles. E ainda estava certa disso, sem
remorsos. Com um brado de guerra de Beowulf, eles avançaram.
Muitos soldados ainda caíam, mas pelo bem do reino. Michaela
tentava curar o máximo que podia, fazendo-os resistir aos ferimentos e
prosseguir mais. Alguns guerreiros e arqueiros atacavam os portões, forçando a
entrada, para então, com uma flecha certeira, derrubar a porta levadiça. Num
estrondo, a passagem estava lá.
As bestas pareciam querer encurralar as tropas, sempre as cercando
às centenas e destruindo ao máximo. Seus ataques pareciam na ferir somente a
carne, mas também a alma. A aura corruptora de Chaor pairava sob suas crias
como as nuvens rubras pairavam sob o campo de guerra.
“Vão, soldados”, disse Linda aos nossos heróis, “e não olhem para
trás, pois nós cuidaremos daqui”. Com isso, eles entraram.
Disparo
O portão fechou-se tal como abriu, de repente. E lá estavam os
cinco jovens da Escola de Guerra de Fiore, cumprindo um destino que nem sabiam
que tinham... Adentrar na torre para derrotar Lorde Chaor era algo impensável
há algum tempo atrás, contudo hoje era um futuro palpável. Ou ao menos
desejável. Mas não tinham tempo a perder, logo avançaram.
Os corredores eram estranhamente requintados e bem feitos... Era
algo muito inesperado para a torre de um demônio guerreiro maligno. Entre uma
das salas, pôs em frente aos heróis um humanóide diabólico de aspecto poderoso
e músculos protuberantes, autoafirmando-se a “cria perfeita de Chaor”. “Jovens
fracos como vocês terão de me derrotar primeiro se quiserem chegar à Lorde
Chaor”, rugiu o demônio, puxando sua espada das costas.
A pistoleira abriu espaço entre seus companheiros, pondo-se na
linha de frente do combate. Michaela e Tyler observavam atônitos o que estava
acontecendo... Será que Summer iria tentar batalhar com ele sozinha!? “Não se
preocupem, isso não vai durar dois segundos”, disse a jovem, fria como uma
camada de gelo. Era irônico como ela era tão fria, sendo que seu nome, numa
linguagem arcaica, significava “verão”.
O demônio gargalhou bestialmente e avançou veloz contra a moça,
que se mantinha calma e com expressão intacta. Um puxão no gatilho. Um disparo.
Bum. A besta estava morta. Summer pôs a pistola na cintura novamente. “Vamos”,
disse ela inexpresiva.
Assim nasceu uma lenda em minha
mesa: Summer Stratos. Essa garota ainda cresceu muito... Nos reportes
posteriores, vocês verão.
As últimas rimas do feiticeiro
Após alguns minutos que pareciam não passar, o grupo chegou à base
das escadarias. As escadas subiam espiraladas ao topo da construção, como uma
serpente que envolve a presa para devorá-la – o pior de tudo é que a presa eram
nossos heróis. Assim que se puseram próximos ao pé da escadaria, puderam
perceber grades do outro lado da sala, logo abaixo dos degraus. Lá dentro,
olhos vermelhos envoltos de escuridão. Com um uivo as grades foram quebradas e
a besta que lá residia avançou contra os aventureiros. Summer logo atirou em
frente à criatura, impedindo seu avanço ao mesmo tempo em que a ameaçava. O
rápido monstro revela-se ser um tipo de licantropo negro, talvez um experimento
de Chaor no povo de Fiore.
Antes que pudesse ser dita qualquer coisa, um tremor abalou a
torre, seguido de gritos dos soldados fiorianos. “Não temos tempo a perder com
esse monstro, pessoal”, bradou Phillip. “Vão na frente que eu cuido dele, não
deixarei que atrapalhe vocês”, disse o rapaz sem ao menos olhar para trás, à
seus companheiros. Michaela ainda tentou convencê-lo, mas Tyler a impediu. “Ele
escolheu assim”, falou o lutador, “vamos respeitar sua decisão e enfrentar
Lorde Chaor por ele. Sobreviva, Phillip”. Com isso, o restante do grupo subiu
as escadas, rumo à batalha final. E lá ficou o jovem Van Grodo.
“E então, cachorrinho, preparado pra levar uma surra?”, disse
Phillip em tom provocativo, preparando seus círculos arcanos. A fera, com suas
garras afiadas como lâminas, avançou vorazmente, quase destroçando o rapaz, que
estaria morto caso não houvesse esquivado no instante certo. Phillip
contra-atacou imediatamente com seu cajado envolto em magia, mas o golpe em
nada afetou o oponente encouraçado de pelos... “É”, ofegou, “parece que você é
um cãozinho mau”.
Enquanto isso, o restante do grupo subia a escadaria espiral
torcendo pela vitória de seu companheiro e ansiando pelo confronto final com o
Lorde maligno. A batalha abaixo parecia difícil, mas aquela que os esperava
logo acima seria sem igual. Deveriam então estar concentrados: Phillip
conseguiria se dar bem. Com a mente a mil, Tyler corria escadas acima como se
sua vida dependesse disso, logo quase não notou o chamado de Summer, bem atrás
dele. Ao tentar atender ao chamado, olhando para a garota, deparou-se com a
mesma estática, olhando pela janela. E a janela correspondia o olhar, com uma
enorme órbita ocular posta em frente aos heróis...
O rapaz lutador salta de espanto, chamando a atenção de Beowulf e
Michaela também. Logo, os quatro observam a bizarra janela, que retribui com
sua íris inteiramente vermelha e aspecto monstruoso. “Corram, é um dra-”,
Summer é interrompida por uma grande explosão antes que pudesse completar a
frase.
A cena mostrada em seguida é o confronto entre o mago e o
licantropo, em que o primeiro se encontrava bem mais ferido que o outro. Van
Grodo possuía marcas de garras em seus braços e sangramentos que teimavam em
não cessar. Ofegava bastante, mas não deixava de conjurar suas chamas no lobo
feroz, que esquivava agilmente. Talvez essa não tivesse sido a melhor das
ideias de Phillip, mas com certeza ele teria de derrotar aquela besta, para
provar para o mundo, para sua família e para um certo lutador, que ele poderia
ser forte! Antes que pudesse continuar sua luta, a torre estremeceu com um som
de explosão. Phillip olhou para cima, e pode ver que vinha exatamente das
escadarias onde seus companheiros estavam subindo... “Pessoal!”, gritou ele,
preocupado, mas suas atenções logo voltaram ao lupino que rugiu avançando
contra Phillip.
O feiticeiro saltou para o lado e rolou sob seu próprio corpo,
indo para a direita, apontou rapidamente para a besta e lançou uma saraivada de
esferas negras flamejantes na mesma, jogando-a contra a parede oposta. O
licantropo levantou-se quase instantaneamente, recuperando-se do desnorteio
enquanto se preparava para um novo salto. Van Grodo, quase sem mais energia
mágica, conjurando seu último golpe: ele deveria ser certeiro e mortal. Phillip
sentiu mais tremores e viu grande parte das escadarias cair, mas não pode
pensar muito em seus companheiros, pois a fera saltou no mesmo instante rumo ao
jovem... Como que por instinto, com raciocínio rápido, o mesmo disparou sua
chama de magia negra num raio, que atingiu o peito da besta e a atirou para
trás, no momento certo para que um grande pedaço do destroços caísse sobre ele
e o confinasse para sempre...
Van Grodo, ofegante, tentou se levantar, mas logo percebeu que
também foi atingido pelas rochas: suas pernas estavam presas sob um grande
pedaço das escadas. “Parece que eu vou ter que confiar neles... Espero que
estejam bem...”, falou o rapaz enquanto olhava para cima, preocupado...
