Archive for março 2018

Como Assim Cobrar Pra Mestrar RPG?

By : luh reynaud


Saudações, nobres especialistas! Essa semana, uma discussão ateou fogo na comunidade RPGística, quando um post sobre “mestrar profissionalmente” foi compartilhado em grupos do Facebook, reacendendo um antigo debate: é certo cobrar para mestrar?

Para quem ainda não conhece o tema, vou explicar a questão da discussão: alguns mestres passaram a divulgar serviços de narração de RPG profissional em comunidades da internet, efetivamente cobrando para mestrar ao “gosto do cliente”, oferecendo opções de sistema, cenário, serviço a domicílio e etc. Muitos usuários foram totalmente contra, enquanto outros apoiaram o projeto. E vocês, o que acham?


É errado?

Todos sabemos que a atividade de jogar RPG é colaborativa, não há mestre sem jogador e todos da mesa se divertem quando uma boa história está sendo contada. Uma comercialização do ato de narrar pode ser um tanto injusta, uma vez que o mestre não disponibiliza o entretenimento sozinho, ele necessita da ajuda de todos para exercer uma boa experiência de jogo.

A cobrança pode acuar um pouco os jogadores, diminuindo seu papel de importância dentro da narrativa ou exacerbar seus egos, incitando-os a cobrar pelo fanservice, afinal, uma vez que esteja sendo pago, o mestre tem o dever de agradar seus clientes. Ambos os casos são pontos que atrapalham a evolução e divulgação do hobby.

Por fim, há mais um tópico negativo a se discutir quanto ao tema: a repercussão das cobranças para novos participantes que tenham interesse em adentrar ao RPG. Uma atividade com livros caros (já viram o valor dos livros de D&D?), materiais não tão comuns de serem encontrados e valor por hora de jogo não parece muito atrativo para eventuais interessados. Sinceramente, se confrontado com uma situação do tipo enquanto era iniciante, possivelmente ficaria com um pé atrás...


É certo?

Por outro lado, existem argumentos que defendem que não há nada de errado em cobrar para mestrar. Um dos mais utilizados é o de que mestrar dá um baita trabalho, exige esforço, dedicação e preparo por parte do narrador. Enquanto um jogador não necessita de preparo prévio para participar de uma aventura, o mestre geralmente deve ter de antemão ganchos narrativos, fichas preparadas, um bom conhecimento de regras, background dos acontecimentos, fichas dos antagonistas... É muito gratificante, mas dá muito trabalho. Entenderam o que quero dizer?

Analisando de forma específica, é possível observar que ao invés de afastar novos adeptos, o serviço profissional de mestrar pode facilitar a entrada de novos jogadores, uma vez que disponibiliza um mestre capacitado, pronto para sanar dúvidas e guiar os iniciantes – além do que poupa os mesmos da temerosa tarefa de mestrar na primeira experiência.

Ainda, esse tipo de pagamento pode servir como degrau para os mestres experientes que estejam necessitando de apoio em seu trabalho no meio RPGístico. Livros de RPG, assim como já dito anteriormente, são caros. O dinheiro recebido durante essas sessões podem muito bem colaborar para que o mestre persista, compre mais materiais, dê e sinta uma experiência de qualidade. Comprar material fortalece o RPG nacional, logo, pagar mestres profissionais também pode fortalecer o hobby!

Concluindo

Sabe, não acho errado cobrar pelo serviço de RPG se o mesmo for prestado com qualidade que equivalha ao valor.  Aqui valem algumas considerações importantes feitas por Cecília Reis Braga, créditos a ela:

“Pra alimentar a polêmica de Mestres de RPG pagos, eu vou dar um tutorial de como vender seu peixe como narrador :D

Como conseguir clientes como Mestre de RPG
1.            Compre um domínio e associe ele a um blog. Desative os comentários sem moderação para evitar os haters.
2.    No blog, poste fotos e descreva sua experiência como Mestre de RPG. Descreva claramente como é seu estilo de jogo e o que as pessoas podem esperar.
3.    Ofereça um cardápio para ajudar os clientes a escolher. Aventuras e sistemas raros podem ajudar a converter o pessoal mais conservador a experimentar seu serviço.
4.    Procurar nichos de fãs muito apaixonados e carentes de mestragem é um jeito de achar público.
5.    Pelamordideus, orce sua hora incluindo passagem e custo de material. Peça metade do preço para reservar o horário e metade depois - isso garante que ambas as partes não saiam no prejuízo, e evita clientes ixpertalhões.
6.    Você pode ganhar um pouco mais revendendo produtos, como dados, blocos de ficha e livros.
7.    Saiba que as pessoas vão estar esperando um profissional, por isso vá de boa aparência, com energia, estude o que você propôs a narrar e converse com os clientes para atender as expectativas deles. Isso inclui tirar o seu ego da jogada e trabalhar com fanservice, sim, se o cliente pedir.
8.    Você pode anunciar seus serviços em grupos de facebook, com anúncios pagos ou no boca a boca da sua cidade.
9.    Um ótimo jeito de garantir serviço constante e bem pago é trabalhar com centros culturais e empresas. Para isso, você vai precisar montar um pdf de um projeto, explicando detalhadamente o que você oferece, com design moderno e linguagem clara. Vale colar com outros profissionais para ofecerer algo mais rico. Aí você envia seu pdf para Sescs, Escolas e outros espaços.
10.  Seja, acima de tudo, profissional, gentil, comunicativo e respeitoso. As pessoas não querem pagar por um problema.”

Tornar o ato de mestrar rentável exige debates importantes sobre o que de fato é o papel do narrador e a forma correta de se monetizar o hobby. Mas e vocês, o que acham? Conhecem alguém que cobre por serviços? Comentem aí!

Aventura Pronta: A Joia Corrompida

By : luh reynaud


Saudações, heróis de espadas e feitiços! Outrora imponente, a hoje decadente cidade-estado de Alta Mina ouve o discurso de seu rei. Mesmo irados com o regente, os habitantes se calam para ouvi-lo falar sobre Lahamu, a bruxa-lagarto do pântano, que seria a responsável por selar uma maldição na cidade após roubar a Joia Corrompida, objeto secreto capaz de ceder prosperidade. Apenas mercenários aventureiros podem recuperar o artefato e salvar Alta Mina da miséria!

Essa aventura foi originalmente criada por minha parceira de taverna, Lúcia Matias, para o evento Dungeon Geek em São Paulo. Com sua devida permissão, me inspirei na mesma e adaptei alguns fatores, adicionando minha própria leitura à narrativa. Com isso pude dar uma pegada mais Espada & Feitiçaria e me inspirar na cultura e mitologia nacional. Recentemente até mestrei ela para o meu novo grupo e foi bem legal! Espero que gostem, deixem seu feedback nos comentários!

Ela é minha discípula, orgulhinho <3

A Joia Corrompida

A grande Cidade-Estado de Alta Mina passou por um grande luto recente quando seu rei - Dom Miguel, o Sábio - faleceu. Em seu lugar foi coroado seu filho Miguel II, popularmente conhecido como Dom Alvo, e com ele se iniciou uma intensa crise econômica de proporção regional. Oito meses se passaram desde a morte do antigo rei, e com o tempo a aprovação de seu filho apenas diminuiu, gerando revoltas.

Contudo as coisas começaram a mudar com um pronunciamento onde Dom Alvo afirmou ter encontrado a causa de toda a situação econômica: o roubo e corrupção da Joia Sagrada de seu pai. Segundo ele, a Bruxa-Lagarto da floresta do Lago Verde era a culpada, e para retornar os tempos de paz seria necessário que heróis cumprissem a missão de recuperar o artefato, recebendo como recompensa glória, ouro e quiçá títulos de nobreza.

Todavia o discurso do novo rei é cheio de inverdades, uma vez que não existe maldição lançada sobre o reino, somente sua incompetência no gerenciamento das terras. De fato há uma joia guardada pela bruxa - que na verdade se trata de Lahamu, a sábia e antiga conselheira oculta de Dom Miguel I -, entretanto seu poder não envolve bênçãos sagradas, e sim rituais místicos e profanos. Com a Joia, Dom Alvo desejou realizar um ritual de prosperidade ao sacrifício do sangue de 100 homens, porém Lahamu o impediu, negando-o o objeto que lhe foi confiado pelo antigo rei. O novo rei convocou heróis para não sujar suas mãos ao mesmo tempo em que gerava um "golpe de popularidade", exaltando o heroísmo.

É necessário que alguém descubra as maquinações de Dom Alvo e lide com a situação! É justo uma parcela ser sacrificada pelo bem da maioria?


Localidades

- Guilda Espada-de-São-Jorge: Uma das maiores guildas da região, da qual os personagens podem participar e serem convocados à missão.

- Cidade-Estado de Alta Mina: uma enorme cidade independente, nutrida pela mineração de metais preciosos e o intenso comércio. Aqui existem inúmeras possibilidades de interações, boatos, contatos e missões secundárias.

- Palácio de Alta Mina: Morada de Dom Alvo, possui menos "nobreza" do que o esperado. Existem guardas espalhados por todos os cantos, uma vez que o rei se sente inseguro quanto a ataques de revoltosos.

- Floresta do Lago Verde: Vegetação densa e pantanosa, morada de Lahamu, a Bruxa-Lagarto. As matas do local são perigosas, repletas de bestas e criaturas míticas.

Eventos e Complicações

- A estrada para Alta Mina tem sofrido relatos de assaltos a viajantes, os responsáveis são um grupo de bandidos rebeldes, aldeões que perderam suas terras pela crise.

- Entre as tavernas correm histórias sobre pessoas sumindo nas imediações de Alta Mina. Caso investiguem, os aventureiros podem chegar ao famoso mercenário Olho-de-Cobra que, caso interrogado, apontará Dandara, a nova conselheira real.

- Só os deuses e os santos sabem sobre os perigos que se ocultam nas matas do Lago Verde. Armadilhas naturais, criaturas monstruosas e outras bizarrices habitam dentre as árvores.

- A cabana de Lahamu situa no meio de um pântano e é protegida por magias xamânicas e criaturas das águas, particularmente por seu filho mais velho Kookan. A velha bruxa não se demonstra hostil, pelo contrário, ajuda os aventureiros contando a verdadeira história da joia. Se pedirem sua ajuda para resolver o problema, a feiticeira usará suas magias para teleportar a todos e enfrentar Dom Alvo, que se revela um poderoso mago.


Boatos e Rumores

- Ao sul existe uma torre fantástica feita de puro cristal, de material semelhante ao da joia real. As histórias contam que um herói lendário que roubou um simples pedaço foi capaz de comprar um reino inteiro para si.

- Há um palacete abandonado no centro de Alta Mina. Estranhas pessoas de vestes e armaduras vermelhas guardam o local... Dizem lá dentro são realizados rituais diabólicos.

- Um objeto metálico tem sido visto sobrevoando as regiões entre Alta Mina e Beloferro. Algumas pessoas acreditam se tratar de uma carroça divina que leva anjos guardadores, outros mais sóbrios afirmam se tratar de uma espécie de dragão.

- Viajantes afirmam ter visto demônios-morcegos nos arredores de Alta Mina. De acordo com eles, o líder das criaturas possui olhos de serpente.

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