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- 1d10 Dicas - Como Dar Nome a Seu Personagem
Posted by : lu reynaud
quarta-feira, 30 de setembro de 2015
Saudações,
em nome do rei! Novatos no mundo RPGístico podem se complicar na hora de montar
suas fichas, por não conhecerem bem as regras e não entenderem os cálculos que
para nós veteranos são simples. Entretanto, depois de certo tempo, com o
costume e prática isso se torna tão simples como natural. Mas há um espaço na
ficha que SEMPRE é complicado. Mais complicado que qualquer cálculo ou regra. O
espaço para o nome.
É
inevitável empacar na hora de escolher o nome do seu personagem, é onde sua
criatividade deve ser maximamente testada, e não há tabela ou regra que possa
escolher por você! Nessa hora deve ser usado o bom senso e a já dita
criatividade – e com estas dicas que darei, você terá o melhor nome do seu
grupo!
![]() |
Aliás, qual era mesmo o nome do rei? |
1 – Inspire-se, mas fuja do óbvio!
Iniciantes
no hobby ou pessoas com pouco conhecimento no meio medieval-fantástico podem
apelar para nomes icônicos como “Merlim”, “Conan” e “Bilbo”. Tudo bem, isso é
comum, mas convenhamos nada original. Se você criar um personagem chamado Robin
Hood, inevitavelmente seus amigos se lembrarão do herói mítico inglês e não
daquele seu ranger de mira impecável e ganancioso. O óbvio não é bom para quem
quer ser lembrado pelo próprio personagem e não no qual ele foi inspirado!
Não
estou dizendo que não se pode homenagear um personagem querido por você, mas
isso pode ser feito de maneira mais sutil e escondida. Tomando o exemplo do
ranger acima inspirado em Robin Hood você poderia – depois de uma boa pesquisa
– referenciar a floresta em que o herói vivia, chamada de Sherwood e unir ao
apelido que ele tinha – Hood, que pode significar capuz, em inglês. Assim
teríamos o valente e ganancioso Sherwood do Capuz Vermelho. Seus amigos
poderiam muito bem entender a referência, mas lembrariam do seu personagem e não
no qual ele foi inspirado.
2 – Exótico e fantástico
Quando
você assiste a um filme como O Senhor dos Anéis ou lê quadrinhos como os do
Conan, com certeza percebe o exotismo nos nomes de seus personagens. Os nomes
remetem a algo antigo, de tempos imemoriais ou a mundos fantásticos, com
culturas além de nossa imaginação.
Procure
nomes que passem a mesma sensação exótica, fugindo do natural ao qual estamos
habituados! Um cavaleiro negro chamado Bob não passa emoção alguma e apenas
será motivo de risos dentre o grupo! Bem diferente de Balder ou Dimitra, não é?
3 – Procure bases em línguas diferentes
É
bem verdade que um herói paladínico não pode se chamar José Bezerra, logo a
inspiração na língua portuguesa está vetada! Não por antipatriotismo, mas por
soar muito comum para nós. Lembra-se do item anterior? Seja exótico! E pra isso
você pode buscar as mais variadas fontes, como línguas diferentes. Bases
inglesas, européias e asiáticas são uma boa pedida nessa hora!
Use
e abuse dos sites de busca, Wikipédia e afins! A cultura celta, por exemplo, é
grande influência na fantasia medieval, logo nomes como Cedric, Aldair,
Gwendoline e Meredith caem muito bem. Há também nomes russos, como Zhenya,
Yurik e Shura; hebraicos, como Mateo, Yadiel e Micaela; árabes, como Aisha,
Zahir e Lubna; entre tantos outros. Este site aqui ajuda muito nesse ponto,
divirta-se!
4 - Características marcantes
Alguns
personagens possuem no nome uma referencia a alguma característica ou evento
marcante, gerando uma alcunha. Grandes exemplos disso são Thorin
Escudo-de-Carvalho e Gandalf, o Cinzento.
Então,
caso o seu paladino tenha vindo de uma terra distante conhecida por possuir
grandes relevos nevados, pode muito bem se chamar Zakarin da Montanha Prata.
Outros exemplos seriam Theof Mãos Leves para um ladino, Kevork o Búfalo para um
bárbaro tribal, e Oradora Katherine para uma sacerdotisa.
Outra
alternativa é transformar a menção à característica marcante para outra língua,
transformando nosso Sherwood do Capuz Vermelho em Sherwood Redhood, por
exemplo.
5 – Títulos de nobreza
Lorde
Zalbaag, Rei Arthur ou Conde Drácula são exemplos de como um título pode
melhorar um nome, logo, se seu Mestre permiti-los na mesa, é uma boa idéia de
complemento! Talvez sua guerreira, Accalia Von Ludovic, possa ser chamada de
Lady Accalia. Interessante, não?
6 – Cuidado com os nomes difíceis
Você
pode muito bem ter gostado do nome Aethelflaed Heartonfield, mas acha mesmo que
seus companheiros vão decorar esse nome? Acho que nem você consegue pronunciar
direito! Hehe. Procure nomes bons e que soem bonitos ao falar, de preferência
curtos ou medianos.
Caso
você ainda queira um nome longo, ao menos crie uma abreviatura dele, para que
seus colegas de mesa possam decorar mais facilmente, tomando como exemplo os
elfos que possuem esse hábito. Assim nosso Aethelflaed Heartonfield poderia ser
conhecido por Aethel.
7- Referencias, referencias, muitas
referencias!
Essa
é a minha dica preferida de todas: faça referencia a algo! Embora eu já tenha
citado referencias e inspirações na dica 1, irei desenvolver melhor o
raciocínio por aqui, okay?
Referenciar
o nome de seu personagem em alguma outra coisa pode bem divertido. A referencia
pode ter a haver com o personagem – Roronoa Zoro de One Piece, por exemplo, é
inspirado num pirata chamado L’Ollonais (a pronuncia em japonês seria
Roronaisu) – ou ser completamente sem sentido – Kakaroto, como e chamado Goku,
provém de carrot, cenoura em inglês...
Entenderam?
É divertido procurar bases ou homenagens no nome do seu personagem, além do
que, se os companheiros entenderem bem a referencia, tudo se torna uma
brincadeira incrível e fluida.
Existem
vários exemplos de como criar nomes que homenageiem ou brinquem com outras
palavras ou personalidades. Pode ser um halfling especializado em venenos
chamado Gympie Gympie – referenciando a planta de mesmo nome, uma das mais
venenosas do planeta. Ou talvez clérigo fiel e incorruptível chamado Martin
Wittenberg – homenageando Martinho Lutero e o castelo onde protestou contra os
erros na igreja católica.Quem sabe até uma pirata cruel e sádica chamada Hannibal
“Hanna” Bonny – Hannibal é um famoso canibal de uma série de TV e Bonny é o
nome da mais famosa mulher pirata. Entenderam o espírito?
8 – Invente!
Exercite
sua criatividade! Você pode criar um nome assim, do nada, sem combinações, sem
referências, absolutamente nada! Seja original, una sílabas para montar o nome
ou a alcunha do seu personagem, preocupando-se apenas com a sonoridade. A
vantagem dos nomes curtos é que há maiores chances soarem agradáveis aos
ouvidos. Nomes compridos e complicados podem te fazer ficar parecendo o Harry
Potter conversando com as cobras, ou um islâmico anunciando execuções.
Vou
inventar alguns agora: Malen, Daor, Geron, Vaíff, Eflora, Bughenhon,
Rhas-Karan, Lascrinum, Makumb, Mioji, entre tantos outros que podem sair de
nossas mentes insanas. Apenas lembre-se das regras anteriores, a que diz para
tomar cuidaddo com os nomes difíceis se encaixa bem aqui.
9 – Nomes raciais
Raças
diferentes em geral possuem traços diferentes em seus nomes, guias ou padrões
comuns que são seguidos por praticamente todos os pertencentes. Entre Élandariel
e Gortak é óbvia a diferença, saberíamos, por exemplo, quem é um elfo e quem é
um goblin.
Na
internet existem vários geradores de nomes RPGísticos, alguns muito úteis,
outros nem tanto... Mas dentre os úteis existem opções de nomes raciais, como
dracônico, anão, élfico e etc. Se quiser também existem dicionários de línguas fantásticas
– não tão confiáveis, mas bem úteis.
10 – Rola um dado aí!
Por
fim, irei montar uma tabela com alguns nomes bem legais – outros nem tanto... –
por aqui. Você pode escolher um nome da tabela ou rolar um dado e deixar o caos
escolher por você. Espero que seja útil para vocês!
Autores
de livros, narradores e jogadores – seja de RPGs de mesa ou eletrônicos – devem
possuir grande desenvoltura e criatividade com nomes, pois este é um importante
passo para criar personagens cativantes e carismáticos, aqueles que serão
lembrados por toda a eternidade fantástica.
Links úteis