![]() |
Arte da aventura Sailors on the Starless Sea. |
O Mal,
outrora derrotado, ressurgiu sob as malfadadas ruínas do forte da colina. Feras
passaram a uivar na noite, e aldeões começaram a sumir misteriosamente de seus
leitos. Você e um bando de valentes camponeses adentraram o pavoroso antro e
enfrentaram as terríveis bestas mutantes lá presentes. Muitos de vocês
morreram, e muitos mais ainda morrerão, pois as ruínas escondem algo muito mais
terrível em suas profundezas… Os segredos do caos podem ser descobertos por
você, mas a que custo?
Sobre as últimas sessões
Em nossa
última sessão de DCC RPG, iniciamos a renomada aventura-funil Marinheiros no
Mar Sem Estrelas. Vários de nossos aventureiros caíram diante das ruínas
diabólicas, ao mesmo passo em que outros superaram desafios sobre-humanos.
Horrores de cipós, um poço maldito, uma gosma demoníaca, bestas mutantes… Tudo
isso para salvar aldeões que estavam enjaulados numa das torres do forte. A
primeira parte da missão foi concluída: salvar os companheiros da vila. Restava
agora a segunda e mais perigosa: destruir o mal que repousava nas ruínas.
Confira o restante de nossas aventuras.
Os membros da Trupe
Pink, o
fora-da-lei; Cérebro, o escriba [Paulo].
Menino
Ney, mendigo; Goblin, o anão guarda-costas [Arthur].
Gibrin,
anão ferreiro; Calango, guarda de caravana [Heitor].
Hisoka, o
caçador; Mr. Satan, o vigarista [Thigas].
DJ, o
fazendeiro, e sua galinha Berenice; H, o halfling comerciante [Jafte].
O Mar sem estrelas
A antiga
e fétida torre revelou uma passagem escura que descia por escadarias mofadas e
misteriosas. O subterrâneo do forte foi desafiado por aqueles bravos e tolos
camponeses, agora já melhor armados: alguns levavam maças, e outros trajavam armaduras
negras. A luz da tocha que o guarda de caravana portava era o único ponto de
luz naquela escuridão densa e cruel. Contudo, brilhos dourados sob os degraus
abaixo revelaram a existência de três moedas de ouro, que logo atiçaram a
ganância do grupo. O halfling espertalhão foi o primeiro a pegá-las e
guardá-las no bolso. O fazendeiro teve a ideia de jogá-las degraus abaixo para
conferir se havia alguma coisa os aguardando, mas essa ideia louca apenas os
fez perder as valiosas moedinhas.
Ao lado
de onde encontraram as moedas, uma estranha porta em formato circular emergia,
com um aspecto espectral e runas rodeando seus umbrais. Cérebro, o escriba da
vila, tentou decifrar os símbolos e os traduziu num poema bizarro sobre
maldições de fogo, gelo, tempestade e ódio. Ignorando o alerta, seu irmão Pink
empurrou a porta, acionando assim uma cortina de chamas e quase morrendo no
processo, escapando por pouco.
Mesmo com
o perigo, o restante do grupo decidiu explorar o local, que se revelou ser uma
estranha tumba congelada, onde um fio de luz solar adentrava por um buraco e,
refletido pelos cristais de gelo, formava uma luz penumbral e fantasmagórica.
No centro da tumba, havia o que parecia um sarcófago, mas que, com uma leve
análise, se revelou ser o cadáver de um homem enorme e assustador. Em suas
mãos, segurava o maior machado que o grupo já vira na vida, que certamente era
valioso e poderoso. Era hora de saquear!
Calango e
Pink tomaram a frente, seguidos pelo fazendeiro DJ, o ex-mendigo Menino Ney e o
anão Goblin. Goblin teve a ideia de acender seu incenso, que adquiriu na sala
onde enfrentaram a gosma, e sua curiosidade, dessa vez, obteve resposta. Nos
cristais de gelo do teto, Goblin teve a impressão de ver o reflexo do cadáver
da tumba com os olhos abertos. Aquilo o fez temer, mas, ao mesmo tempo, sentir
confiança. Como mestra, achei acender o incensário uma “reverência”
interessante e cedi +1 ponto de Sorte para o personagem.
O frio na
gélida tumba era sobrenatural, diminuindo a movimentação de todos os presentes
até começar a congelá-los vivos! DJ e Menino Ney foram os primeiros a sair,
contudo, a ganância do restante falou mais alto: iriam se arriscar para saquear
aquele potente machado. Calango quase morreu, chegando a perder dois dedos, que
se inutilizaram e caíram devido ao frio, mas conseguiu libertar o item que
estava preso ao gelo. Calango era o único com força suficiente para empunhar
aquela monstruosidade de arma e foi o que mais se arriscou. Nada mais justo do
que ela ficar sob sua posse. Decidiram então seguir o caminho das escadas,
sempre descendo mais e mais.
Após
vários minutos de silêncio na descida, as moedas de ouro foram reencontradas e
guardadas pelo escriba Cérebro, que se tornou o responsável pelo tesouro da
equipe. Logo, deram de cara com uma porta estranha e completamente negra. Ao
abri-la, se depararam com um salão tomado por algas podres que brotavam de uma
piscina fétida no centro do cômodo, cujas paredes eram adornadas por imagens
feitas de cerâmica ou vitral. Essas imagens representavam cenas profanas, como
um sacrifício, uma fera marinha e dois guerreiros comandando um exército de
criaturas bestiais.
Goblin
viu, numa das imagens de guerreiros, a figura do cadáver da tumba gelada e
começou a louvá-lo, acendendo um novo incenso. O jogador lembrou que seu
personagem tinha uma porca e decidiu sacrificá-la em nome daquele que talvez se
tornasse seu patrono. Uma jogada arriscada, mas que poderia render boas
recompensas. O restante do grupo estava ocupado analisando as imagens e mal
notou o anão em seu estranho ritual. Apenas DJ e H perceberam a estranheza de
seu colega, mas somente H decidiu intervir, empurrando-o para dentro da piscina
podre. Com uma má rolagem dos dois jogadores, ambos os personagens afundaram
nas águas negras… Entretanto, o que viram no fundo foi um par de luzes
vermelhas… Órbitas vazias de um crânio humano que flutuou na direção deles. Era
uma alma rancorosa que suplicava por vingança, suplicava por ser utilizada
contra o mal que habitava aqueles subterrâneos.
Logo, o
fundo da piscina se revelou repleto de crânios bizarros. H alertou o grupo, e
todos resolveram se “armar”: cada personagem pegou de dois a três crânios, e
alguns até os “vestiram” — o fazendeiro fez “ombreiras” e usou um dos crânios
como “armadura” para sua galinha Berenice. Sim, foi uma cena hilária.
O grupo
estava bem confiante, mas ainda temeroso — estavam melhor armados, contudo
sabiam que encontrariam algo terrível mais abaixo. Ainda assim, seguiram o
único caminho possível, afundando cada vez mais naquele subterrâneo
claustrofóbico.
Saindo do
salão e chegando ao fim das escadarias, o grupo sentiu um estranho cheiro de
maresia e ouviu o vai e vem das marés: para seu espanto, um estranho e vasto
mar escuro como sangue se mostrou por debaixo daquelas ruínas malditas. O
caçador Hisoka analisou a areia, que estava repleta de pegadas de bestas e uma
trilha de pegadas humanas, além de algumas moedas de valor, que foram guardadas
pelo escriba. O grupo ainda percebeu um monólito de rocha negra, mais
precisamente um menir, com inscrições rúnicas em espiral, tão confusas e
bizarras que resultavam em fortes tonturas e dores de cabeça em quem tentasse
lê-las. Ao longe, uma embarcação bizarra, com uma carranca em seu “bico”,
surgiu de uma névoa amarelada e navegou até mais ou menos 30 metros da costa,
como se parasse para observar o grupo. Muito distante, no horizonte, um ponto
dourado emanava brilho enquanto o baixo som de tambores se fazia como a trilha
sonora daquele ambiente hostil.
O bando
não chegou a um consenso, com alguns membros agindo antes que outros… Mas isso
gerou cenas interessantes. Cérebro tentou inutilmente ler as indescritíveis
runas que rodeavam o menir. Já o vigarista Mr. Satan foi impaciente e decidiu
seguir nadando até a embarcação, enquanto o anão Goblin acendeu seu penúltimo
incenso “só pra ver o que acontece” — o que acabou atraindo o barco para mais
perto da praia.
O
caçador, antes de embarcar, resolveu subir no menir, uma vez que sua estrutura
se assemelhava a degraus, e lá em cima viu um tipo de reentrância oval
preenchida até a metade por cera vermelha, com um pavio no centro. Usando sua
pederneira, Hisoka acendeu o pavio, liberando uma fumaça estranha, que atuava
como se tivesse vontade própria, tomando a forma de um demônio que se
sobrepunha ao brilho dourado do horizonte. Talvez aquilo fosse um presságio…
Quando,
enfim, todos embarcaram, a nau começou a deslizar por aquelas águas malditas. Com apenas a escuridão sob suas cabeças,
aqueles bravos desafiantes eram como marinheiros em um mar sem estrelas, sem
controle sobre seu destino.
Quando
estavam na metade do caminho rumo ao ponto dourado, os aldeões que estavam mais
próximos das bordas puderam ver movimento na água, fazendo logo emergir seis
enormes tentáculos que, erguidos como estavam, eram como pequenas torres
profanas. Os tentáculos permaneciam imóveis, como se observando o grupo e sua
reação.
A maioria
preparou-se para um enfrentamento — mal sabiam eles que não teriam chance
alguma contra aquela fera, que era nada menos que o Leviatã do Caos, uma
criatura aliada dos lordes que governavam aquele subterrâneo. O jogador do anão
pediu calma a todos e acendeu seu último incenso: ele tinha um bom
pressentimento do que poderia acontecer. Goblin começou a louvar loucamente a
criatura, rogando para que não os atacasse, e logo DJ e H entenderam a ideia e
começaram a mostrar reverência também. Antes que o restante do grupo começasse
a reclamar, narrei que a besta pareceu satisfeita com o mini ritual, deixando o
bando intacto, sem causar problemas.
Cérebro
pareceu afetado pela aparição do Leviatã do Caos: o jogador narrou como se o
personagem tivesse ficado louco e se jogado do barco! O pobre escriba mal sabia
que seu destino estava selado… O Leviatã tomou aquilo como um sacrifício e usou
seus tentáculos para agarrar o aldeão. Hisoka, da borda do navio, preparou uma
flecha para ajudar o colega — mas atirar naquele mar escuro como sangue era
literalmente um tiro no escuro. Graças à falha no dado, o caçador atirou direto
no peito do companheiro. Borbulhas puderam ser vistas na água… Cérebro estava
perdido para sempre.
Antes do personagem morrer, o jogador me pediu
para narrar as últimas visões dele e assim o fiz. Cérebro, com o peito
perfurado e os membros sendo arrancados pelos tentáculos, viu no fundo daquele
mar podre a imagem de uma grande rocha — na verdade, a cabeça da criatura — com
milhares e milhares de rostos em sofrimento, inscritos em sua extensão. Logo, a
face em expressão de dor do escriba também faria parte do corpo da besta.
Pink não teve
tempo para chorar a morte de seu irmão, pois a embarcação estava chegando,
enfim, à origem do brilho dourado. O som dos tambores tribais estava mais alto
do que nunca, causando tonturas e um mau pressentimento àqueles que ousavam
desafiar os habitantes do mar sem estrelas.
O zigurate maldito
Um
zigurate emergia sob as águas de sangue, cujo topo expelia um brilho ofuscante
juntamente com uma fumaça negra, onde se projetava a sombra de um guerreiro
demoníaco. Cada nível do zigurate se ligava ao inferior e ao superior, cada
qual através de uma rampa, nas quais vários homens-bestas dançavam e tocavam
seus tambores, enquanto uma fila indiana de aldeões algemados – aqueles sumidos
da vila – era guiada até o topo da construção. Felizmente, as quimeras seguiam
em transe e não notaram a presença do bando.
O grupo
não tinha disfarces ou muitas opções de como chegar ao topo do zigurate, mas
uma coisa era certa: um ataque frontal seria morte indubitável.
Calango
teve uma ideia, tomou a dianteira e usou sua grande força para escalar pelos
pontos cegos onde os homens-bestas não poderiam notá-lo facilmente, enquanto
seus colegas seguiam furtivamente entre as rampas e os níveis. Apenas Pink
ficou para trás, pois tentou se comunicar com os inimigos – esse ato incauto
apenas atraiu a atenção para ele e, em seguida, para todo o grupo. Três feras
cercaram o mercenário, que logo sacou sua espada. Lutaria para matar ou morrer!
Enquanto isso, Gibrin, H e DJ foram capturados e passaram a ser levados ao topo
do zigurate: eles teriam o mesmo fim que os aldeões algemados!
No
segundo nível, Hisoka e Menino Ney passaram a se desentender; o caçador, talvez
tomado pela energia profana do local, se virou contra seu colega e tentou
empurrá-lo da encosta. O ex-mendigo conseguiu escapar da ameaça e lançou uma de
suas potentes boladas na direção do antigo amigo, que se desequilibrou, caiu e
quebrou a coluna. Um fim trágico para um aventureiro em potencial… Contudo,
esse conflito chamou atenção indesejada: Menino Ney e Goblin foram logo
agarrados por homens-bestas e também levados rumo ao topo da construção
maldita.
Nesse
ponto, Mr. Satan era o único que continuava furtivo e chegou são e salvo ao
penúltimo andar. DJ, H e Gibrin já haviam chegado ao topo e podiam ver a
atrocidade que lá ocorria: um fosso no centro do zigurate fumegava em chamas,
possivelmente vindas do coração da construção, onde aldeões eram cruelmente
lançados para a morte junto de moedas e tesouros de todos os tipos. Um xamã
ditava o ritual juntamente com três acólitos, numa dança profana ritmada pelos
tambores abaixo. O vulto demoníaco que os aventureiros viram de longe era
apenas a sombra de uma estatueta levada pelo xamã… Mas algo dizia que havia
algo muito mais poderoso por detrás daquela simples imagem.
Gibrin e
DJ lutaram e conseguiram se soltar; contudo, H não teve força suficiente para
fazer o mesmo. O xamã, sabendo do perigo que o ritual corria com a ação do
grupo, resolveu encerrá-lo de vez, ao jogar a estatueta que tinha em mãos ao
fundo do fosso… Todo o zigurate se fez silencioso quando a imagem derreteu
junto dos sacrifícios, para logo em seguida a lava começar a subir novamente,
saindo do fosso.
A união
maldita de sangue e ouro começava finalmente a tomar forma: um corpo infernal
semelhante à imagem da estátua. Dei uma ação para os jogadores poderem fazer
alguma coisa. Isso poderia mudar os rumos do que viria a seguir, caso as ações
fossem tomadas com sabedoria. Entretanto, o jogador de Mr. Satan, que havia
acabado de chegar ao topo, foi tomado por maldade e, vendo que Calango havia
acabado de conseguir chegar também, chutou-o para a morte, empurrando-o para
longe. O pobre líder da caravana encontrou seu fim ao cair próximo de Pink, que
ainda lutava contra as quimeras que o ameaçavam.
O
mercenário, nesse meio tempo, já havia matado dois de seus inimigos e suava
batalhando contra o último. Porém, seu corpo já não aguentava mais – o
espadachim finalmente teve o crânio perfurado pela lança daquela fera. Paulo não
tinha mais nenhum personagem, então Jafte o deixou passar a controlar o
halfling H.
Gibrin
usou seu martelinho para golpear o homem-besta que agarrava H, fazendo-o soltar
seu colega halfling. Menino Ney e Goblin, agora no penúltimo nível, conseguiram
se soltar durante a confusão e avançavam para o topo.
O
fazendeiro ainda levava sua amada galinha consigo quando foi confrontado pelo
demônio de metal e sangue que se formava. Sem pensar duas vezes, decidiu
sacrificar Berenice, a galinha, para pôr um fim naquele terror – sim, a galinha
foi lançada como arma contra o lorde do caos! Me segurando muito para não rir,
narrei que a armadura de caveira trajada pelo animal pareceu ressoar com a
figura infernal e, ao tocá-lo, explodiu em chamas lilases. Aquele ataque direto
feriu o lorde que se formava com efeito, mas não o impediu de tomar sua forma
final: um guerreiro armadurado e armado com um mangual de três cabeças.
Enquanto o xamã apontava seu dedo esquelético para o grupo, indicando ataque,
seus acólitos puxavam as lanças.
Os
homens-bestas comuns entraram em estado catatônico diante da aparição de seu
lorde, abrindo a guarda e deixando que aqueles que faltavam chegassem ao topo
também. Com isso, DJ, H, Mr. Satan, Gibrin, Goblin e Menino Ney encaravam de
frente o causador de todo o medo e morte ocorridos em sua outrora pacífica vila.
Era hora da retribuição!
O combate
foi intenso e cruel; contudo, os deuses estavam do lado dos bravos aldeões.
Antes que o xamã se tornasse uma ameaça real, Mr. Satan deu um chutão nele –
num ato igual ao que realizou contra o líder Calango – e o jogou no fosso
fumegante. Os acólitos ficaram sem reação e, em seguida, passaram a se
debandar, sem rumo.
Enfurecido,
o diabo guerreiro girou sua arma para um golpe fatal contra o vigarista. Thiago,
que ficou sem personagens para jogar, teve de pedir um “emprestado” para Arthur,
que lhe cedeu o Menino Ney. Uma verdadeira chuva de caveiras vingativas caiu
sobre o lorde do caos, ao mesmo tempo em que o grupo atacava sem dó os
homens-bestas que ousavam se aproximar. O golpe final foi dado por Menino Ney,
num chute explosivo que mandou uma das caveiras rumo à face do demônio.
Com o
lorde destruído, o zigurate começou a ruir – ao que parece, a energia profana
liberada desestabilizou todo o lugar. O grupo, com medo da morte, sequer tomou
tempo para saquear o ouro que estava espalhado ou os equipamentos do lorde que
ficaram para trás – a armadura negra e o mangual demoníaco. A arma de Calango –
o machado da tumba – também ficou para trás.
O bando e
mais meia dúzia de aldeões sobreviventes saltaram para dentro da embarcação e
fugiram para sempre das vistas daquela construção infernal, abandonados ao
deus-dará do mar sem estrelas. Mas, mais uma vez, talvez como uma bênção dada
como recompensa, os deuses guiaram a embarcação para a única saída. Distante, a
horas de jornada, os navegantes passaram por um túnel e saíram pelas águas de
uma grande fenda, a milhas de distância de sua pequenina vila.
Dessa
vez, a lua brilhava acima de suas cabeças, juntamente das tão esperadas
estrelas. A vila estava livre de seu tormento, mas, com certeza, aquela não
seria a última aventura daquele bravo grupo de aldeões.
![]() |
Mapa da aventura. |
Conclusão
Quem já
conhece Marinheiros no Mar Sem Estrelas e leu este diário do Pontos de Experiência Blog sabe que, segundo o próprio autor da aventura, pouquíssimos
grupos tiveram a ideia de usar o incenso para aplacar a ira da besta marinha —
na verdade, até alguns anos atrás, apenas um grupo conhecido realizara a
façanha. Para minha surpresa, o mais louco dos jogadores da minha mesa entrou
pro “hall da fama” ao realizar também esse feito. Ponto pra ele, parabéns,
Arthur.
Fiquei um
pouco decepcionada quando a maior parte dos personagens de que eu mais gostava
morreu: os “traidores” do Thigas fizeram uma bagunça, rolando duas mortes.
Descansem em paz, Hisoka e Calango.
Algo que
eu também achei legal foi a coragem dos jogadores em explorar o universo de
jogo: durante a aventura inteira, dois amigos meus sacrificaram seus peões
apenas pra descobrir o que havia — tanto no poço das almas quanto no fundo do
Mar Sem Estrelas. Com certeza, é algo que mereceria recompensa, então assim o
fiz, cedendo pontos extras em nossa campanha principal de Tormenta para todos
os jogadores. Foi um incentivo muito interessante — eles amaram.
A cena do
zigurate tinha tudo pra ser o mais complexo e demorado de todos os conflitos
que já narrei, mas, na verdade, tudo rolou de forma intuitiva e veloz. Os
personagens simplesmente decidiam o que fariam, rolavam um teste e pronto — eis
o resultado. Nada de rolagens cansativas ou regras demais, foi rápido, simples
e muito, mas muito divertido.
Espero poder rolar mais aventuras num futuro próximo, quem sabe até com os mesmos personagens — dessa vez, como verdadeiros aventureiros.
Ohhw, entrei pro hall da fama kkkk. Boa mano, melhor aventura!
ResponderExcluirIssae, Arthur, tu mandou bem! Vamos marcar mais RPGs de DCC!
ExcluirTava torcendo pelo Calango com o poderoso machado!! Mas foi morto pelo traíra do personagem. Mas isso foi algo realizado pelos personagens do jogo ou desavença entre jogadores?? Sacanagem !!
ResponderExcluirFoi sacanagem dos jogadores mesmo, eu gostava mesmo do Calango. Mais pra frente eu conversei com os jogadores e essa história de PvP ficou vetada nas minhas mesas!
ExcluirMuito foda a aventura! Morri de rir da armadura da Berenice. Inclusive tenho uma duvida: eles amarraram a caveira às costas da galinha ou ela simplesmente enfiou o pescoço pelas fendas do crânio e ficou com o objeto pendurado no pescoço? Por favor, elaborem.
ResponderExcluirEles fizeram uma fresta no cranio e passaram o pescoço da galinha por ele, foi hilário!
Excluir