Posted by : luh reynaud sexta-feira, 18 de dezembro de 2015


Saudações, gamers Old School! Quem já jogou jogos mais antigos sabe o prazer do estilo – os pixels simples, geralmente em 8 bits, a dificuldade acima da média e a enormes masmorras encravadas por todo o jogo. Baseados nos primeiros RPGs de mesa, os games Old School marcaram época, inspirando até hoje a indústria de videogames. Aí que entra a série Gurk.

Gurk se trata de um jogo RPG Old School, com estilo 8 bits e foco em exploração de mapas e masmorras, criado pela empresa Larva Labs e disponível para dispositivos móveis. O jogo se importa em trazer de volta a sensação de jogar na década de 80, entretanto com a qualidade e arte dignas de um atual!

A série Gurk engloba até hoje três jogos – cada um mais bem elaborado que o outro. No primeiro temos três heróis: Sir Rugnar, um valoroso guerreiro; Feraldan, arqueiro altamente competente; e Gorlok, um mago poderoso. Os três possuem a missão de livrar o mundo de Gurk de suas ameaças – desde goblins furiosos ao temível dragão Braka.


Já em Gurk II possuímos mais escolhas para o grupo: para guerreiro podemos escolher entre Sir Rugnar, Lady Alwin e Borakash; para arqueiro temos Feraldan, Silvana e Pardah; e para a vaga de mago, Gorlok, Gaelabeth e Tazatar. Aqui possuímos maior variedade de monstros, itens e a inclusão de quests! Porém a melhor novidade em Gurk II é a incrível adição de exploração do mar e de novos continentes!

Por fim temos Gurk III, bem maior, mais bem elaborado e maior customização com armas especiais e magias! Novamente podemos escolher entre os personagens, mas desta vez com a inclusão de mais candidato para cada vaga. Com a melhor construção do sistema de quests, itens únicos e especiais, história mais forte e melhor estruturada e a incrível exploração do mar através de navios piratas.

A trilha sonora e os detalhes são um show a parte, muito bem construídos para um jogo tão simples. Os NPCs lhe oferecem inúmeras missões e recompensas por elas, além de estarem em lugares diferentes, correndo riscos e desenvolvendo a história. É claro que o primeiro  jogo da série possui bem menos elaboração e se trata mais de exploração e combate, entretanto já se pode sentir o clima mais sério a medida em que se joga.

Em toda a série o enfoque são as batalhas e evolução dos personagens com o passar do tempo. São vários eventos e missões interessantíssimas, além do perfeito clima de exploração – que em minha opinião é o melhor do jogo! Por isso a série Gurk ocupa um lugar especial em minha memória, por ser uma obra bonita, divertida e agradável, que recomendo para todo fã de RPGs antigos – tanto de eletrônicos quanto de mesa.


Incluindo o estilo Gurk em seus RPGs

Certo que fazer uma resenha sobre a série de jogos Gurk pode se encaixar na temática do site – falar sobre RPG e dar dicas sobre –, entretanto para que a matéria se encaixe ainda melhor, quero moldar a estilo de Gurk de forma a poder utilizá-la em RPGs de mesa, para usá-las em mesas futuras e mostrar aqui!

O mundo de Gurk é uma terra de continentes ameaçados, monstros que espreitam no subterrâneo, criaturas fantásticas e tenebrosos demônios! O clima de dungeon crawl deve ser altamente utilizado, transformando monstros simples em criaturas jamais vistas antes! O mundo NÃO possui aventureiros e aqueles que se arriscam nessa jornada jamais voltam a seus lares. Talvez estejam fazendo parte da decoração de esqueletos do maldoso dragão Braka...

Com alto teor de matar e pilhar, mas ainda assim com foco interpretativo, Gurk deve ser jogado por jogadores mais experientes, que não se preocupam muito com regras e preferem um bom e tenso combate. Gurk deve ser cruel com os jogadores, porém altamente excitante, pois deve conseguir deixar os personagens à flor da pele de tanta atenção para que não sejam mortos na próxima rodada.

A ameaça do rei kobold Gorba, os planos de dominação do antigo dragão Braka, a ascensão do já extinto povo-elefante através de um feitiço maligno, e a volta do lendário necromante devem ser focos especiais numa campanha Gurkiana. Contudo, o maior foco deve ser dado à exploração de um imenso mundo perdido – seja através de exaustivas caminhadas ou navegação em naus piratas – sendo algumas maravilhas do mundo antigo sendo encontradas durante incursões.

Nunca se esqueça de que os jogadores não especiais por serem superiores aos homens comuns, mas sim por sua extrema coragem e astúcia diante dos problemas. A evolução dos personagens é muito importante e a estratégia deve ser vital num combate! Arriscar-se em ataques aleatórios leva a morte certa! Num cenário como Gurk, sistemas como Old Dragon, AD&D e Dungeon Crawl Classics trabalhariam muito bem, logo, recomendo fortemente!


Jogar jogos antigos – tanto eletrônicos quanto de mesa – pode ser uma ótima experiência para qualquer um. Vislumbrar como era em épocas anteriores demonstra a maneira correta de evoluir, a raiz do que conhecemos hoje como “atual”, de forma a nos tornarmos mais críticos, conhecedores e até mesmo saudosistas!

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