Posted by : luh reynaud terça-feira, 24 de dezembro de 2019



Saudações, trupe do pacto! No último diário de nosso improvável grupo de aventureiros, acompanhamos a exploração de Rahdomir em busca do lendário Fruto do Diabo e o confronto contra a entidade apocalíptica Mikadeph e suas sacerdotisas, as Bruxas Sussurrantes. O capítulo marcou o final desta temporada de nossos diários, mas que retornarão logo mais, em 2020. Pra celebrar nosso final de temporada, resolvi compilar as fichas e desafios propostos na aventura As Bruxas Sussurrantes de Rahdomir.

Mikadeph, Senhor da Praga de Rahdomir

Mikadeph: inic +9, atq garra +10 (1d8) e mordida +10 (1d12); CA 22; DV 9 (36 PV); MV 15 m ou voar 30 m; Ação 3d20 (duas garras e uma mordida), 1d20 (magia), 1d20 (baforada); PE magias (1d20+4), baforada, olhar hipnótico, invocar mikadaemon; JP Fort +9 Ref +9 Von +9; AL C.

Mikadeph é uma aberração nascida dos pesadelos de um deus louco, um tipo quimérico entre um tirano ocular e um dragão. Nascido adulto, Mikadeph tinha uma força descomunal e com ela pode matar a divindade que lhe criara, levando consigo toda a dimensão divina. Encarcerado em sua nova condição, Mikadeph meditou por milhares de anos na escuridão da inexistência e finalmente ganhou consciência de si mesmo, efetivamente aprendendo um pouco acerca de todas as coisas. Sua voz retumbante passou a pairar sob o universo, buscando aqueles que pudessem ouvi-lo.

Finalmente, num pequeno vilarejo em Vórinnn, as trigêmeas Yoros ouviram o chamado da aberração e, como que hipnotizadas pelo que foi chamado de “canção do despertar”, foram acometidas por uma terrível histeria na qual passavam dias e noites sem descanso orando e louvando aos horrores de uma entidade que sequer conheciam. Antes que os aldeões da pequena cidade de Rahdomir pudessem tomar providências e queimar aquelas que distinguiram como bruxas, o lugar foi inteiramente acometido por terríveis pragas e doenças pestilentas. A única forma de escapar da peste era adentrar ao culto esotérico daquelas que ficaram conhecidas como Bruxas Sussurrantes de Rahdomir. Aqueles que tentaram fugir do culto a Lorde Mikadeph morreram das formas mais terríveis, uma vez que suas pragas são capazes de destruir toda a vida que se oponha ao grandioso monstro.

Rahdomir, atualmente, é uma cidade-fantasma, uma terrível lenda cuja localização é desconhecida da maioria. Sob a fachada de abandono, entretanto, o culto continua em fervor, regido pelas trigêmeas Yoros, que, ocultas sob os casebres desabitados, planejam invocar seu senhor para o mundo de Vórinnn, a fim de que o tirano destrua também a essa dimensão, saciando sua fome e fúria infindáveis. Para tanto, necessitam abrir o Portão do Presságio através ritual de cânticos profanos e sacrifícios humanos.

Mikadeph é um oponente poderoso e perigoso, podendo tomar até cinco ações num turno: dois ataques de garra, um ataque de mordida, uma ação de conjuração e uma baforada. Ao lançar magias, o dragão pode escolher uma entre as seguintes: mísseis mágicos, ampliar (nível 1) e invisibilidade (nível 2). A aberração também possui um ataque de baforada de ácido que pode usar até duas vezes por dia, alcançando uma linha de até 5 m e obrigando todos os alvos no caminho a realizarem uma JP de Reflexos seguida por uma JP Fortitude, ambas com CD 19. Aqueles que falharem nas duas jogadas sofrerão 36 pontos de dano, enquanto aqueles que falharem em uma e forem bem-sucedidos em outra, somente 18 pontos de dano. Sortudos que sejam bem-sucedidos em ambas as JP, não sofrem dano algum.

Além de seus movimentos básicos, Mikadeph, o dragão ocular, possui ações extras que podem ser realizadas ao abster-se de uma de suas ações básicas. Gastando um dado de ação, o monstro pode obrigar um inimigo a ser bem-sucedido numa JP de Von CD 19 ou ficar paralisado diante de seu olhar profano, incapaz de realizar ações enquanto o dragão gastar um dado ação por turno para assim mantê-lo. Uma criatura alvo paralisada pode repetir sua JP uma vez por turno, contudo, rolando um dado menor na cadeia de dados para efetuar a tarefa devido seu estado de embasbacamento.

Por fim, Mikadeph possui sua própria prole, que pode convocar através de um processo asqueroso onde o Lorde Aberrante vomita uma massa amorfa que vai tomando a forma de pequenas criaturas diabólicas conhecidas como mikadaemon. Para realizar esta ação, Mikadeph deve gastar um dado de ação qualquer e somente pode fazê-lo uma vez por turno.

Mikadaemon: inic +1, atq tentáculo constritivo +4 corpo a corpo (1d8 mais congelar); CA 15; DV 1d8 (4 PV); MV 15 m; ação 1d20, PE cuspir veneno JP Fort CD 14 ou 1d4 de Vigor,); infravisão; conjurar Escuridão (1d20+4); imunidades: recebe apenas metade do dano de armas não mágicas e de fogo; JP Fort +1, Ref +1, Von +1; AL C.

Mikadaemon são criaturas de tamanho humano e aspecto infernal, servas do grandioso e poderoso Lorde Mikadeph, o dragão tirano. Possuem torso humanoide emoldurado por crostas de rocha fundida sob o corpo de um animal quadrúpede de cascos, fazendo-os assemelharem-se a uma espécie de centauro diabólico. No lugar dos braços, entretanto, mikadaemon possuem tentáculos extensos de quase dois metros de comprimento, finalizando sua aparência bizarra e monstruosa.

A pele de um mikadaemon emana um calor contínuo, tornando custoso aproximar-se dele sem sofrer queimaduras. Seus tentáculos, por outro lado, quando agarram uma presa, secretam, curiosamente, uma substância criogênica que congela ao toque, obrigando a vítima a ser bem-sucedida em uma JP de Fort CD 10 ou deixando-a paralisada por um turno.


Bruxas Sussurrantes de Rahdomir, as trigêmeas Yoros: Inic -2; Atq garra -2 corpo a corpo (1d4-1) ou maldição (Jogada de Proteção de Vont CD 16; veja abaixo) ou magia; CA 9; DVs 3d6 (9); MV 6 m; Ação 1d20; PE maldição, magias (Jogada de Conjuração +8); JP Fort +4, Ref +0, Vont +8; AL C.

Acometidas pela histeria da “canção do despertar”, as trigêmeas Yoros perderam a sanidade ao entrar em contato com a voz de Mikadeph, tornando-se suas sacerdotisas. Cada uma das irmãs privou-se de um dos sentidos em prol do louvor a seu mestre aberrante: a mais velha arrancou os olhos e cobriu as órbitas com uma faixa branca, simbolizando a escuridão propagada por seu mestre; a irmã do meio estourou os próprios tímpanos, que hoje em dia escorrem sangue incessantemente, simbolizando a voz retumbante do tirano; e, por fim, a irmã mais nova cortou a língua e costurou os próprios lábios, desejando não pronunciar mais uma palavra sequer depois de conhecer o nome de Mikadeph.

Cada uma das trigêmeas Yoros pode outorgar uma maldição de privação dos sentidos através de um dado de ação – cada bruxa pode lançar uma maldição correspondente ao sentido da qual ela mesma se privou. A maldição, contudo, dura apenas até a próxima aurora. As irmãs possuem, também, algum conhecimento mágico, provindo da voz de Mikadeph, podendo conjurar as seguintes magias: detectar o bem, toque congelante, escuridão e enfeitiçar pessoas.

As Bruxas Sussurrantes de Rahdomir são seguidas por um séquito de mulheres que aceitaram louvar ao senhor da praga Mikadeph. Todas vestem faixas brancas que cobrem-lhe as faces e carregam incensos em sua honra. O séquito é composto por 3d10 adeptas, cada uma delas possui 1d4 PV, CA 12 e um ataque de pancada +2 corpo a corpo que causa 1d4 pontos de dano. O séquito é plenamente fiel às irmãs Yoros e lutará até a morte pela sua causa.

Por conta das bênçãos profanas de Mikadeph, nem as bruxas, nem as adeptas sofrem penalidades pela privação dos sentidos.


O Vilarejo Abandonado de Rahdomir

Acometido pelas terríveis pragas de Mikadeph e das irmãs Yoros, pouco resta deste pequeno amontoado de casebres tomado pela erosão do tempo. As ruas foram tomadas por vegetação, as plantações foram devoradas por insetos há muito e, nas poucas casas que não cederam ao desabamento, praticamente nada de valor pode ser encontrado. Nada além de eventuais insetos podem ser encontrados no local, onde nem mesmo os animais parecem ousar tocar aquele solo que emana perdição e morte.

Contudo, escondidas por debaixo de um véu de abandono, as irmãs Yoros e seu séquito sombrio ainda vivem, intocadas pelo passar dos séculos. Sussurrando. Louvando. Tramando a vinda de seu senhor para nosso mundo. E, caso consigam alcançar seu objetivo, não existirá alma-viva que possa deter o terrível lorde Mikadeph.

A cada novo local explorado, existe 10% de chance de ocorrer um encontro com 2d6 servas do séquito das irmãs Yoros.

1 – Casarão do senhor de terras: Grande poça de sangue podre

2 – Alojamentos dos servos: Fissura do abismo

3 – Fazenda pecuária: Objetos animados + mercenário vingativo + poção forma gasosa

4 – Setor das plantações: Pinturas que acompanham com o olhar

5 – Estábulo dos cavalos: mesa de jantar

6 – Alojamento de escravos: cadáveres + maldição das irmãs Yoros

7 – Taverna dos horrores: encontro com 1d6+2 homens-gafanhotos (grilo da caverna, pg 398)

8 – Antigo moinho: elevador para a mina + espada mágica Espinho de Vidro

Leave a Reply

Subscribe to Posts | Subscribe to Comments

- Copyright © Crítico 6 - Date A Live - Powered by Blogger - Designed by Johanes Djogan -