Posted by : luh reynaud segunda-feira, 1 de janeiro de 2018


Saudações, estudantes de magia! Hoje relatarei uma aventura que se completou em duas sessões e que corresponde ao capítulo dois de nossa saga através da Grande Academia Arcana, onde um perigoso forte abandonado invocado de outra dimensão evocou a curiosidade do grupo e os levou a riscos inimagináveis e uma perda terrível...

Quem são os heróis?

Aizawa – Lefou Clérigo de Nimb 1 [Thigas]
Filho de uma sacerdotisa da vida, o jovem Aizawa cresceu inteligente e esforçado. Um dia, por um reles capricho do deus do acaso, acabou entrando em contato com o plano do caos, enlouquecendo e adquirindo poderes insanos. Foi enviado para a academia pra controlar seus novos poderes e controlar sua insanidade.

Azura – Sprite Erudita 1 [Conci]
Após ser expulsa de sua antiga escola de magia, foi pressionada pela família a entrar na Academia Arcana e dar seguimento à tradição familiar nos estudos. É extremamente simpática e esperta, contudo acima de tudo busca se divertir e namorar.

Critias – Humano Lutador 1 [Alefe]
Órfão adotado como discípulo para integrar o exército de Sckharshantallas, aprendeu a sabedoria das ruas, e a arte marcial dos caçadores de dragões do Rei dos Dragões Vermelhos. Viveu algumas aventuras e foi enviado para a Academia Arcana para aprimorar suas habilidades.

Escanor – Anão Bárbaro 1 [Tamuz]
Ex-membro de uma igreja, foi excomungado por ter lido um livro proibido e exilado de seu reino. Aceito na escola por um programa especial, busca satisfazer seu orgulho aprendendo cada vez mais e adquirindo contatos.

Nos capítulos anteriores
- A entrada de novos alunos, os personagens jogadores, chamou a atenção de Fisher, o aluno intocável e conhecido por abusar de novatos. Os calouros tiveram de encarar desafios impostos pelo bullie para que adquirissem seu respeito.


Explorando a Academia

O semestre de estudos começou e com ele, novas responsabilidades. Os alunos estudariam por período – um semestre – e caso fossem bem nas provas, passariam para o período superior, até completarem os oito períodos da academia. A cada semestre, os alunos deveriam escolher três disciplinas às quais deveriam cursar – de forma livre, poderiam escolher quaisquer umas que se interessassem.

Critias, por suas habilidades atléticas, optou por cursar disciplinas físicas e introdução aos ermos. Aizawa, o sacerdote louco, estudou poções, venenos, ervas e alquimia. Já Azura, escolheu acompanhar ervas, poções e sobrevivência em regiões selvagens.

Os primeiros meses foram tranqüilos para os personagens, que ainda se acostumavam com a nova rotina. Eram aulas todos os dias e poucos fins de semana livres, mas com um bom ritmo. Vários personagens interessantes integravam a escola, com os quais alguns os protagonistas desenvolveram maior afeto. Ruby Heart, a pistoleira pirata, chamou especial atenção de Critias. Escanor, um anão mal encarado e orgulhoso, também acabou por ser incluído no círculo social do lutador.

Enquanto isso, Aizawa passou a integrar os negócios ilegais de Fisher, contrabandeando itens ilícitos e até mesmo drogas. Um perfeito capanga louco. Seus serviços iam desde cobrar credores a causar “acidentes” aos inimigos de seu “chefe”. Um desses inimigos era justamente Escanor, o anão, que se mostrou resistente e revoltado.

- Essa parte foi mais pra situar os jogadores em como as coisas de fato funcionam no território da Academia, as mecânicas escolares e o a rede de interações entre personagens. Fisher é tipo o “chefão da máfia” do lugar, um ótimo antagonista.

- Essa foi a primeira sessão do jogador do Escanor, ele pareceu promissor embora um pouco fechado.

- Ora, ora, olha que curioso: os personagens jogadores não formaram um grupo ainda, mas sabe de uma coisa? Eu achei isso ótimo! Dá espaço para uma união lenta e melhor elaborada.


O Forte Abandonado

Numa manhã, o bobo apaixonado Critias buscou por Ruby para lhe entregar de presente suas tão adoradas ervas, contudo não a encontrou de forma alguma, nem com o decorrer do dia. Aliou-se a Escanor para buscar informações sobre mesma, que não poderia ter sumido do nada.

Ao falar com Dodo, o atrapalhado halfling feiticeiro, descobriram que a pirata investigava sobre uma estranha construção que surgiu do nada nos campos da dimensão da Academia Arcana. Chamaram Sonson, a moreau do macaco, para ajudá-los na busca. Já tinham um lugar e pessoal, restava explorar.

A espreita deles estava Aizawa, que adquiriu uma estranha atenção pelos dois, talvez fruto de sua índole caótica. Pediu dois capangas de Fisher para acompanhá-lo e tentou seguir o rastro dos mesmos. Não sabia o que procuravam, mas queria de alguma forma atrapalhá-los.

Com uma boa dose de testes de rastreio e intuição, Escanor, Critias e Sonson seguiram por uma trilha que levava a cruzar por uma montanha, desafiando-se no caminho a uma corrida entre os mesmos, onde Sonson mais uma vez demonstrou suas habilidades acrobáticas ninjas. Aizawa, embora muito aquém, tentava seguir o grupo furtivamente.

Para surpresa de Critias, além da montanha havia uma construção claramente deslocada, íngreme e mal posicionada, mas estranhamente assustadora. Uma fortaleza destruída pelo tempo. A idéia do grupo foi primeiramente analisar ao redor das muralhas e depois adentrar por seus portões já escancarados. Enquanto o sol da tarde banhava as imediações da construção, o grupo se preparava pra explorar o interior do castelo lá existente. Infelizmente, a porta do mesmo se encontrava entulhada por escombros. Desistiram de adentrar e se atentaram as torres de vigília que circundavam seus muros de proteção.
 
Eu fiz esse mapa tosquinho, mas o que vale é a intenção (pior que nem usei direito...)


Tiverem a irresponsável idéia de separar o grupo e cada um adentrar uma das quatro torres, restando apenas uma para que adentrassem em seguida. Cada um teve encontros tensos em suas torres, alguns perigosos, outros assustadores.

Escanor, já no primeiro andar deu de cara com um cadáver pútrido jogado no chão. Por seus equipamentos, parecia ser um soldado. Entretanto, por sua personalidade fria, ignorou o mesmo. Sua atenção foi chamada por pequenos barulhos numa das paredes, onde um grupo de aranhas devorava um indefeso rato preso em sua teia. Como que num presságio, o anão também foi também foi atacado, mas este pelo cadáver no chão que se reergueu e o mordeu diretamente no pescoço, onde Escanor possuía uma tatuagem de seu clero. Com seu escudo, teu mantê-lo longe e teve a idéia de fugir para a luz solar, num local mais aberto onde teria a possibilidade de maior estratégia.

Já Critias, conduzindo sua incursão à torre que ficou sob sua responsabilidade, não tardou muito a ouvir ruídos, sussurros por ajuda. Era sua procurada Ruby! Ela se encontrava ferida e assustada, acuada e sem possibilidade de fugir. Foi tola de explorar aquela região sozinha e agora estava presa, escondida dos terríveis monstros que lá habitavam. Mas os sons emitidos pelo rapaz lutador chamaram a atenção dos habitantes dos andares superiores. Antes que eles os alcançassem, tomou a pistoleira nos braços e correu tanto quanto pode, aproveitando-se de seus treinos em suas disciplinas atléticas.

Sonson não teve tanta sorte. Em sua cena, foi envolvida por uma misteriosa névoa arroxeada que a impediu de sair da torre.

Simultaneamente, Aizawa e seu grupo adentravam pelos portões decadentes daquela fortaleza, admirados pela imponência, mesmo que aos pedaços. Ao ouvirem gritos vindos de algumas torres, puxaram suas armas. Os capangas portavam adagas enquanto o sacerdote empunhava sua Pluma da Fênix, um nome nobre para um rústico porrete. Disse para o jogador escolher aleatoriamente uma das torres para atacar e coincidentemente ele optou pela que se encontrava o anão Escanor. Com a teimosia de um verdadeiro clérigo de Nimb, Aizawa pôs na cabeça que era seu dever acabar com o anão, custasse o que custasse e sua escolha – rolada por um dado – por um mero acaso, talvez um sinal do deus do caos, refletiu sua vontade.

Critias, Ruby e Escanor acabavam de fugir de suas torres quando deram de cara com Aizawa e seus capangas. O sol terminava de se por quando os mortos vivos presentes nas torres finalmente puderam sair de seus confinamentos, deixando a situação ainda mais complicada. Uma batalha cruel se seguiu, com os capangas perfurando Critias e Escanor que apenas tentavam escapar da fúria dos monstros do forte. Ruby foi a primeira a usar sua pistola apenas para abrir caminho e fugir sozinha, deixando para trás os companheiros que outrora a salvaram. Aizawa usava alternadamente suas magias divinas e seu poder de luta, enquanto Critias atacava com golpes velozes e furiosos. Escanor, por sua vez, utilizava sua fúria mágica para acumular dano o suficiente para retribuir, como um contra-ataque. Todavia, pela força impressionante dos monstros, todos personagens foram obrigados a fugir, deixando para trás Sonson.

Mas se engana quem acha que a fuga acabou com o conflito! O que seguiu foi uma perseguição emocionante, onde Critias e Escanor tiveram de lutar contra Aizawa enquanto todos fugiam. O clérigo invocou seu poder oculto e aumentou drasticamente sua agilidade, conjurando magias de controle e dando comandos a seus inimigos. Os lutadores tiveram de se aproveitar da vantagem numérica e estratégica para sobreviver. Em dado momento, ambos os lados recuaram, pois não tinham mais forças, mas travaram uma “guerra fria” no caminho de volta à academia.

Já de volta á Academia, Escanor bolou um plano para pegar Aizawa, Fisher e seus capangas no flagra, que funcionou em parte, expondo algumas provas para acusar os mesmos. Fisher, dissimulado, saiu ileso, livrando-se de todas as acusações. O mesmo não pode ser dito pelos outros...

Contudo, ao por sobre a mesa as acusações sobre Aizawa e companhia, Escanor acabou revelando sobre o perigoso forte, onde a um grupo de professores foi determinada a função de destruir a ameaça. Escanor e Critias preferiram não comentar sobre sua amiga perdida, evitando serem inseridos ainda mais na confusão e secretamente indo buscar ela por conta própria no dia seguinte, antes que a construção fosse obliterada.

- Essa a introdução e a exploração do forte tomaram uma sessão que foi bem mais interessante pelo fato do jogador do Aizawa designar seu personagem como antagonista d grupo.

- Foi meio triste que eles não conseguiram entrar no forte, tinha planeado ums coisas legais pra ele, então tié de adaptar um pouquinho a aventura.

- Ao entrarem nas torres, eu rolei aleatoriamente nesta tabela aqui do Pontos de Experiência pra saber o que cada um encontraria e foi bem legal.

- O Tamuz, jogador do Escanor, queria que o bárbaro dele fosse baseado no Meliodas de Nanatsu no Taizai, então troquei a fúria normal de bárbaro por um talento que postarei por aqui em matérias futuras. O lado ruim é que essa foi única sessão que o jogador de fato participou antes de ter que sair do grupo.


Resgate de Sonson

No dia seguinte, bem cedo, Critias se preparou para resgatar sua amiga deixada para trás. Ainda decepcionado com a ação de Ruby, buscou a mesma para explicações. Egoísta como a pistoleira era, fugiu por sua vida sem ao menos se importar com os outros. Critias exigiu que ela ajudasse a resgatar a moreau que se arriscou por ela e após muita conversa, ela aceitou.

Escanor não pode seguir junto do grupo, por estar em observação juntamente de Aizawa, logo, Critias teria de arranjar outras pessoas para ajudá-lo. Recrutou Azura, a fada cientista; Grandão, o guerreiro armadurado; e Serena, a elfa-do-mar feiticeira.

Juntos, os membros do grupo pegaram pertences, convenceram a clériga enfermeira a cedê-los duas poções de cura e rumaram novamente ao maldito forte. A viagem foi rápida, uma vez que já conheciam o caminho, e logo que chegaram, se prepararam para enfrentar o perigo. A torre possuía janelas tapadas por escombros e pedaços de madeira, então o grupo cogitou a idéia dos monstros serem sensíveis a luz do sol, mas também não bolaram nenhuma estratégia a respeito. Subiram os andares, cada qual mais aterrador que o anterior, até encontrarem uma gosma avermelhada que gotejava do teto. Parecia ácida e bizarra. Ao que subiam mais ainda, observavam que a gosma vinha dos andares superiores, atravessava o chão de cada andar e gotejava nos inferiores.

No último andar, as suspeitas do grupo se concretizaram: a gosma vermelha vinha do corpo já sem vida de Sonson. A moreau possuía um enorme ferimento no peito e de seu cadáver borbulhava aquele ácido insano. Sem tempo para chorar, o grupo ouviu o rosnar de quatro bestas horríveis, semelhantes a lobos atrozes com chifres de cervo que devoravam outro cadáver no andar. O grupo, já de armas empunhadas, se preparou para o conflito inevitável. No meio da peleja, o cadáver de Sonson reanimou-se por uma  maldição e saltou para o ataque também.

Foi um combate cruel, mas cheio de ação. Azura usou seus conhecimentos da natureza para criar um composto de ervas e controlar as feras, Grandão defendia os colegas com sua potente armadura e Critias golpeava com ataques imprecisos, porém mortais ao toque. Ruby se protegia afastada, mas atirava em qualquer um que se aproximasse e Serena utilizou seus feitiços para controlar o campo de batalha, impondo penalidades aos inimigos.

A batalha durou bastante tempo e as poções tiveram de ser todas utilizadas. Graças ao controle de Azura e Serena, o grupo teve grande vantagem tática, vencendo de todos os inimigos. Sonson novamente caiu ao chão, Critias pegou sua bandana de recordação. Contudo tiveram de sair dali antes que encontrassem outras criaturas.

O grupo ainda subia através das montanhas quando o grupo de professores surgiu no horizonte. Seria a última lembrança de Sonson antes do forte ser obliterado.

- Deixei o jogador do Aizawa, cujo personagem estava ausente do grupo, utilizar Serena durante o combate, pra que ele não ficasse ocioso e foi bem legal.

- Foi um combate muito legal, a jogadora da Azura adorou e o do Critias sentiu muito bem o peso da responsabilidade de seus atos.


Essa aventura foi bem legal, pois misturou os aspectos da vida na Academia com uma ação frenética. Os personagens envolvidos serão responsabilizados por seus atos e isso já gera conseqüências bem interessantes pro andamento da história. Eu achei bem triste que o jogador do Escanor saiu do grupo, mas se ele não podia mesmo jogar, foi o melhor a se fazer.

Eu e os jogadores ainda estávamos nos acostumando ao ritmo de uma campanha desse tipo, mas mandamos muito bem e criamos uma rede bem viva de relações entre personagens. E o mais importante: todo mundo se divertiu para caramba. E vocês, já jogaram aventuras de Academia Arcana?

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  1. Bom como um bom jogador depois disso tive que fazer alteracoes na conduta do Aizawa kkkk mais foi muito foda na moral ao longo das mesas consegui montar um personagem com muita sorte e extremamente aleatorio e caotico.kkkkk

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  2. Essa aventura e a puxada de tapete do Fisher mudaram a conduta de Aizawa na academia e foi pra bem melhor :v

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