Posted by : luh reynaud sexta-feira, 4 de dezembro de 2015


Saudações, criaturas RPGísticas! É sabido que qualquer atividade realizada em excesso pode viciar e causar malefícios, e isto não é diferente quando falamos de RPG de mesa. Um vício restringe, limita e causa dependência, afetando várias áreas da socialização de um indivíduo. Mas como saber quando RPG, um simples hobby, começa a se transformar num vício?

RPG de mesa é uma atividade educativa, cooperativa e extremamente divertida e por esse motivo pode ser muito viciante. Quando se começa a passar mais tempo vivendo no mundo fictício que no mundo real, é certeza que ali há um problema, pois a ficção não pode se sobressair à realidade! Nós vivemos aqui, e aqui nos socializamos, descobrimos muitas coisas novas, realizamos inúmeras atividades – enfim, agimos.

Por isso, é bom ficar atento: passar a maior parte do dia pensando em RPG, criando mundos ficcionais ou esperando ansiosamente a hora de jogar novamente são sinais de alerta de que você está muito emerso no jogo!

Outro sinal de que o RPG pode estar sendo bem mais que um simples jogo é caso o jogador comece a confundir fantasia com realidade, coisa que é muito bem discutida nesta matéria. Utilizar-se somente de termos técnicos RPGísticos, relacionar tudo à fantasia do jogo ou tentar interpretar personagens à todo instante é ir pelo caminho da enganação. E não há pior mentiroso do que aquele que mente para si mesmo. Como disse nossa contribuinte Ana Sousza: “firme bem seus pés no chão”.

Não se deve deixar de fazer coisas importantes para jogar RPG, é bom medir bem o que realmente importa. Tudo bem, é bastante divertido passar o fim de semana com os amigos rolando dados, mas não seria bem melhor tirar o dia para passear com sua família? É perfeitamente possível fazer as duas coisas também, jogando num dia e passeando no outro.

O RPG pode ser uma das principais atividades de alguém, sem problemas, mas não pode a única atividade. Filmes, literatura, relacionamento, estudos, família, tudo isso possui enorme importância para nós, e não devemos os deixar de lado. O bom é se socializar com as pessoas, fazer coisas diferentes, com pessoas diferentes, e em lugares diferentes!

Quero encerrar esta matéria cedendo um último conselho: sejamos elfos, guerreiros, magos, seres do futuro, detetives e tudo mais que quisermos, mas, acima de tudo, sejamos nós mesmos – humanos mortais e falhos –, pois em nossa perfeita imperfeição, somos reais e palpáveis – simplesmente nós.

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